Estágio 4 (Mente-Una)

Um espaço de consciência aberto imutável e ilimitado que é indistinguível/inseparável, mas não idêntico, aos conteúdos de consciência que estão sempre em mudança contidos nele.

"(Mente Una) Significa que a consciência existe verdadeiramente como um recipiente. A Consciência não está no corpo, mas o corpo está na consciência. O Som surge na consciência. Portanto, a consciência não muda." - John Tan, 2013

15 de Março, 2013:

John Tan: Mente una é você estar sempre observando uma mente última por trás, você não está olhando para a manifestação

Soh Wei Yu: Mas não é Eu Sou, certo.

John Tan: Sim, não é

Soh Wei Yu: É como integrar o primeiro plano como sendo um aspecto do plano de fundo

John Tan: Tudo é consumado na fonte (pela Mente Una)

John Tan: Eu sou é apenas o plano de fundo puro por trás, mas objetos externos não são subsumidos nele... como separados

John Tan: Eu sou Eu ....dualista

John Tan: Neste caso (Mente Una) tudo está sendo consumido/subsumido na fonte

John Tan: Som é a consciência não é uma mente além de não mente

John Tan: Mente Una é diferente. Mente Una como eu te disse, é quando a testemunha desaparece mas subsume a uma Consciência abrangente

Soh:

Havia um jovem que realizou Eu Sou e Mente Una aos 17 anos. Eu acabei de me lembrar dele.

Ele escreveu: "Algumas pessoas podem perceber tudo isto como algo profundamente misterioso além do escopo de suas próprias capacidades. Não é. É o claro e simples viver, e não há nada de misterioso em relação a isso. Não imagine que essa consciência incondicionada está de alguma forma separada do mundo e da vida diária. Ao contrário, poderia-se dizer que o indivíduo está mais próximo da vida do que nunca esteve antes, porque não há separação entre você e o mundo. Quando aprisionado em dualismo, cria-se a ilusão de alguém estando consciente (sujeito) e algo para se estar consciente (objeto). Mas há apenas esta consciência, não há nada para se estar consciente. Fenômenos condicionados não estão separados da consciência de nenhuma forma, mas também não são realmente consciência.

Talvez a melhor forma de descrever isto seja utilizando a analogia do espelho, a consciência incondicionada sendo o espelho e os fenômenos condicionados sendo imagens refletidas no espelho. O espelho não muda quando reflexos surgem. Ele não se detém nos reflexos, mas os reflexos não existem em lugar nenhum apartados do espelho. Elas são o espelho, embora o espelho não seja os reflexos."

- [http://the-wanderling.com/cyber-sangha.html](http://the-wanderling.com/cyber-sangha.html)

Isto é uma descrição perfeita do Estágio 4 de John.

Nota: Pode-se perceber/subsumir uma consciência universal imutável e independente antes mesmo do Estágio 4 (imediatamente depois de realizar EU SOU):

8 de Setembro, 2020:

John Tan: 1-3 Cessar e dualidade. O insight da Fase 4 em diante é não-dual.

John Tan: Cessar é importante quando você quer se livrar do Ego mas não tem jeito de fazê-lo... lol

Soh Wei Yu: Entendo...

Soh Wei Yu: então mente una é a partir da fase 4 em diante?

Soh Wei Yu: antes da fase 4 você também teve um vislumbre da mente una, certo

John Tan: Mente una não importa se é dual ou não-dual, é apenas uma tendência subsumida em que a mente tenta explicar tudo em uma consciência última.

Soh Wei Yu: entendo... então o estágio 2 [também pode ser estágio 1] também é como a mente una, só que dualista

Soh Wei Yu: estágio 4 é como se fosse não dual, mas ainda tem uma tendência a subsunção que pode então, ainda não superar a mente una

John Tan: Sim.

Soh Wei Yu: entendo... sim eu me lembro que durante o EU SOU eu também tive uma tendência de subsumir.

Soh Wei Yu: mas [esse tipo de EU SOU da mente una era de alguma forma] diferente da pós não-dualidade [como no tipo não-dual da mente-una] mas só superou realmente a subsunção após anatta.

John Tan: A tendência de subsumir é sempre bela para uma mente inerente.

John Tan: 🤣

Soh Wei Yu: lol sim

[http://www.awakeningtoreality.com/2011/08/substantial-and-insubstantial-non_6.html]

Não-dualidade Substancial (Mente-una)

- consciência/Sujeito existindo verdadeiramente/inerentemente/independentemente subsumindo a separação de sujeito-objeto e fenômenos e enxergando tudo como uma amostra de si mesmo ou do Ego de alguém (como a Consciência Única que verdadeiramente existe, imutável e independente)

- A dicotomia Sujeito-objeto colapsa, e tudo (às várias diversidades e multiplicidades) é subsumido, em união inerente, em Consciência Nua e Unificada. Em outras palavras, a dualidade de sujeito-objeto colapsa pela desconstrução e subsunção de todo senso de objetividade em sendo meras modulações de uma única realidade subjetiva inerente (Mente Una/Consciência Nua e Unificada). Ao invés de "consciência vendo uma coisa ali", é percebido que não há "coisa" outra a não ser consciência única em si. Consciência-una consciente de si mesma 'COMO SENDO' todas as suas próprias modulações.

- Devido a perspectiva de inerência (que a realidade precisa ter 'existência' localizada em algum lugar e em algum tempo, mesmo que seja Aqui e Agora), a 'realidade' vívida da luminosidade não-dual está sendo tratada como algo Absoluto, como tendo inerente, independente e imutável existência, e está sendo reificada em númeno (em contraste ao fenômeno ilusório), e como sendo o Eu não-dual último

- a intimidade experimentada através do colapso da dicotomia sujeito-objeto está sendo referenciada a um eu grandioso onipresente ("Eu estou em todos os lugares e sou tudo")

- todos os fenômenos são vistos como sendo projeções ilusórias de uma única fonte subjacente, tal qual todos os fenômenos são auto-expressões da natureza única da Consciência, como representados pela analogia do espelho e seus reflexos - tais reflexos não possuem um objetivo, existência independente fora do espelho - e de fato apenas o Espelho é visto como tendo absoluta, independente e inerente existência - apenas o Espelho é Real, e as aparências são tão somente Reais como o Espelho

- aparências são inseparáveis da Fonte, mas ainda assim a Fonte é independente de aparências

Retirado da seção Armadilhas e Perigos da Fase de EU SOU:

~ Reificando Hospedeiro e Hóspede (Uma Consciência Imutável)

Há uma tendência na fase de EU SOU em reificar o espaço da consciência como o plano de fundo imutável, hospedeiro Absoluto, e recipiente, de todos os conteúdos passageiros de pensamentos, percepções, sentimentos e sensações. Ao invés de focar e reificar esta imagem de um Hospedeiro imutável e que existe inerentemente, nós devemos ao invés focar nos quatro aspectos de EU SOU como descritos acima. De outra forma, nós ficaremos presos na Fase EU SOU.

Durante a minha fase EU SOU, eu via a Consciência como um hospedeiro imutável, como um infinito espaço vazio onde os 'hóspedes' de todos os fenômenos transitórios vêm e vão deixando o hospedeiro amorfo da consciência intocada. John Tan subsequentemente teve uma conversa comigo, retirado de [Diário de Soh e Notas Respeito do Despertar Espiritual](http://awakeningtoreality.blogspot.com/2010/12/my-e-booke-journal.html):

Soh escreveu (exemplo de reificação de hospedeiro e hóspede):

"14 de Maio de 2010

Meditação Andando/jogging/Correndo

Enquanto eu fazia jogging agora há pouco, eu 'esqueci' da minha mente e do meu corpo. Parecia que eu era a presença estática na qual o mundo se move através. Ao invés de ser um corpo correndo na estrada daqui até lá, é percebido como eu sendo o espaço que engloba o mundo inteiro e o mundo inteiro se move através de mim. Eu não estou me movendo. O mundo está se movendo através de mim.

Parece que você está correndo em uma esteira, você não está se movendo de fato! Exceto que o cenário se move por você.

Você pode praticar percebendo isto na próxima vez que você caminha ou fizer jogging. Este espaço de consciência é imóvel, esteja o mundo se movendo ou não.

Mais tarde eu me lembrei desste vídeo http://www.headless.org/videos/still_point.htm

Rob Burbea, o Enxergar que Liberta ([http://www.awakeningtoreality.com/2020/08/a-summary-of-seeing-that-frees-by-rob.html](http://www.awakeningtoreality.com/2020/08/a-summary-of-seeing-that-frees-by-rob.html)):

Prática: Uma vastidão de consciência

(Experimente com abordagens diferentes a prática a seguir. Você pode querer empregar as formas de enxergar as três características por um momento em uma sessão antes de encorajar a percepção a se abrir nas formas sugeridas abaixo. Ou você pode relaxar completamente de qualquer uso deliberado das três características. Alternativamente, você pode incorporá-las na meditação o quanto mais ou quanto menos que você sentir que vai ajudar a auxiliar a abertura para o espaço de consciência.)"

Em uma sessão de meditação, uma vez que um pouco de calma esteja estabelecida, acomode-se por um momento com uma atenção aberta que permita o ir e vir da totalidade das sensações corporais no corpo todo. Enquanto você faz isso, também esteja ciente do senso de espaço, e talvez quietude, ao redor e dentro do corpo.

Depois de algum tempo, expanda a atenção além para também incluir a atenção nua para a totalidade dos sons. Deixe-os todos surgirem e irem, permitindo a consciência ser tão receptiva quanto possível, ao invés de se mover na direção e focar em cada som.

Escute o silêncio entre os sons também. Perceba como os sons parecem surgir do, e desaparecerem de volta no silêncio.

Permita, ou imagine, a consciência sendo como um céu aberto, claro e vasto. Sensações, sons, pensamentos e imagens aparecem e desaparecem, como vaga-lumes ou como estrelas cadentes no espaço. Sinta como nesta vastidão de consciência há espaço para tudo, não importa o que seja.

Perceba que a consciência em si não luta ou se torna emaranhada com o que aparece dentro dela. Enquanto você sente o surgimento de quaisquer impulsos de controlar ou interferir com os fenômenos, deixe a natureza imperturbável do espaço sustentar a renúncia dessa ânsia.

Observe momentos de sensação e experiência aparecerem, flutuarem livremente, e desaparecerem dentro da vastidão da consciência.

Consciente da clareza e da imensidão deste espaço vazio, perceba como todas as coisas que surgem são contidas dentro dele sem esforço.

De novo e de novo, observar fenômenos emergem a partir [dele] e então derretem de volta dentro do espaço, veja se você consegue praticar deixar todos os fenômenos pertencerem a este espaço de consciência.

Perceba também como as experiências parecem gradualmente começar a perder a sua substancialidade. É possível ver o que quer que surja como apenas uma impressão na consciência, como um reflexo na superfície de um corpo d'água? Inclua qualquer imagem do eu, ou auto-percepção que surja – veja estas também como impressões na consciência.

Assim como o silêncio permeia todos os sons, gentilmente permitea que a quietude e o espaço da consciência adentrem e permeiem tudo que surja. É possível ver todos os fenômenos como tendo a mesma 'substância' que a consciência?

Assistir os fenômenos dissolverem de volta no espaço de novo e de novo, também é possível adquirir um senso da vastidão – sua imperturbabilidade ou quaisquer outras qualidades que ela parece incorporar?

(Certifique-se praticar esta meditação nas posturas de caminhar estar em pé, assim como em estar sentado. Também experimente praticar com ambos olhos abertos e fechados.)

...

Retirado de [http://www.awakeningtoreality.com/2018/12/two-types-of-nondual-contemplation.html]

Contemple "Onde a consciência termina e a manifestação começa?" ou "Existe uma linha que limita/divide entre consciência e manifestação?" até que Testemunha/fenômeno colapsam em uma mente una sem limites, um único campo de consciência onde mente e manifestação não podem mais ser discriminados.

Meditação Guiada por Rupert Spira:

[https://www.youtube.com/watch?v=84E1NGMM00s]

**Armadilhas e Perigos da Mente Una**

Na fase de Mente Una, ainda há a reificação de uma consciência imutável, e para alguns uma consciência imutável e universal. As armadilhas da fase de Mente una também podem estar presente na fase Eu sou, como foi explicado no capítulo sobre reificar o Hospedeiro e o Hóspede (na Mente Una, o hospedeiro agora é visto subsumindo todos os hóspedes e sendo inseparável deles, ao invés de sendo absolutamente distinto e separado deles como na fase EU SOU, contudo o Hospedeiro ainda é como Absoluto e Imutável).

"Essa [fase 4] é o início de enxergar através do não-eu. O Insight em não-eu surgiu mas a experiência não-dual ainda é muito 'Brahman' em vez de 'Sunyata'; na verdade é mais Brahman do que nunca. Agora "Eu sou" é experienciado em Tudo.

No entanto é uma fase chave muito importante onde o praticante experimenta um salto quântico na percepção desatando o nó dualístico. Esse é também o insight chave levando a realização de que "Tudo é Mente", tudo é apenas essa Única Realidade.

A tendência de extrapolar uma Realidade Última ou Consciência Universal onde nós somos parte dessa Realidade continua surpreendentemente forte. Efetivamente o nó dualístico se foi, mas o vínculo de enxergar as coisas inerentemente não. Nós 'Dualísticos' e 'inerentes' que impedem a nossa experiência completa do nosso Maha, vazio e natureza não-dual da consciência imaculada são dois 'feitiços perceptivos' muito diferentes que cegam.

A subseção "No Segundo Verso" do post[](http://awakeningtoreality.blogspot.com/2009/03/on-anatta-emptiness-and-spontaneous.html#SecondStanza)["A Respeito de Anatta (Não-eu), Vazio, Maha e Ordinário, e Perfeição Espontânea"] elabora ainda mais este insight." - John Tan, 2009

Tome cuidado com águas paradas (isso também pode se apresentar em fases ainda mais anteriores do que mente una), como o professor Soto Zen Alex R. Weith escreveu:

[Uma exploração Zen do Bahiya Sutta](https://awakeningtoreality.blogspot.com/2011/10/a-zen-exploration-of-bahiya-sutta.html)

"Não há fim no processo de despertar, mas no Buddhismo Zen existem passos e estratégias. Estes posts introdutórios explicarão o meu posicionamento, o que eu descobri até agora, e o seu desenrolar.

Dominado-se o boi, realiza-se a Mente Una. Na literatura Zen esta Mente Una frequentemente tem sido comparada a um espelho brilhante que reflete os fenômenos, mas permanece intocado pelas aparências. Como discutido com um dos primeiros estudantes ocidentais de Sheng-yen esta Mente Una ainda é uma ilusão. O indivíduo não mais se identifica como o próprio centro, ego e personalidade, mas agarra-se (o homem) ainda a pura consciência não-dual (o boi). Tendo domesticado o boi, o pastor do boi precisa se desapegar do boi (boi esquecido) e então esquecer a si mesmo e o boi (boi e homem esquecidos). "

O problema é que nós ainda mantemos uma dualidade sutil entre o que nós sabemos ser, uma pura consciência não-dual que não é uma coisa, e a nossa existência diária com frequência marcada por auto-contradições. Na esperança de nos identificarmos mais e mais com a consciência não-dual, nós podemos treinar a concentração tentar nos agarramos ao evento do despertar reificando uma experiência, ou racionalizar a coisa toda para concluir que essa auto-contradição não é um problema e que o sofrimento não é sofrimento porque a nossa verdadeira natureza está ultimamente além do sofrimento. Isto explica porque eu travei no que o Zen chama de "águas paradas" por cerca de um ano.

Contudo, isto não é visto como um problema em outras tradições como Advaita Vedanta onde a Mente Una é identificada com Brahman que contém e manifesta os três estados de desperto, sonhando e sono profundo contidos em si mesmo, mas continua intocado por sua manifestação onírica."

Pergunta: "Quando você diz que vários professores estão travados em EU SOU e MENTE UNA, o que esses professores reificam? "Já que normalmente no Buddhismo, ao contrário do Vedanta, não há uma consciência única, o que é isso em que eles subsumem tudo? Eu pergunto isto porque eu estou interessando em ver o modelo do Estágio 4 (EU SOU, MENTE UNA, ANATTA, SHUNYATA) a partir de um ponto de vista exclusivamente Buddhista, ao invés de um híbrido de Vedanta e Buddhismo."

Resposta de Soh:

"Depende. Eu tenho visto muitos professores Buddhistas reificarem EU SOU, muitos reificam Mente Una, enquanto alguns realizaram anatta e vazio.

Aliás, não é necessário se prender a uma crença em consciência universal para ficar preso em EU SOU ou mente una. Até sistemas não Buddhistas como Samkhya é sobre EU SOU, mas cada EU SOU é individual. E como eu havia escrito no guia AtR existem diferentes fases de EU SOU - aqueles que passaram por impessoalidade são mais propensos a reificar o universal, até que pelo menos o insight de anatta surja. Eu tentaria evitar dar nomes de mestres Buddhistas aqui, já que é um tópico sensível...mas por exemplo, pessoas como Judith Blackstone (Acho que não tem estudantes de Judith Blackstone aqui? haha) estão presos em Mente Una sem uma crença em consciência universal - ela aceita que isto é uma extrapolação que não pode ser confirmada experimentalmente se consciência não-dual é universal e ela não diz que sustenta essa crença até onde eu sei, mas ela certamente está na fase de mente una. Quer dizer consciência imutável não dividida subsumindo todos os fenômenos transitórios.

Eu vi muitos mestres Theravada, Zens e Tibetanos e professores reificando consciência universal.

Eu concluo que muitos professores Chan/Zen concebem uma consciência universal em parte devido a influência doutrinária. Por exemplo o Despertar da Fé no Mahayana de Ashvagosha fala a respeito da Mente Una e este texto tem sido criticado por Lopon Malcolm por sustentar uma perspectiva similar a Advaita Vedanta, mas esse texto normalmente é considerado como dominante no Buddhismo Chinês, e até mesmo Huang Po fala sobre Mente Una de uma forma que soa assim ou com frequência é interpretado desta maneira, e.x. "Todos os Buddhas e todos os seres sencientes não são nada além de uma Mente Una, da qual não existe nada à parte. A Mente Una, ela mesma é o Buddha, e não há distinção entre o Buddha e seres sencientes." É claro, existem aqueles como Dogen que re-interpretam Mente Una de uma forma que a tornam congruente com anatta. E mestres Soto Zen como Steve Hagen são bem claros quanto a anatta, seu uso do termo é congruente com anatta, "Esta Mente não é outra se não o Todo. É simplesmente portanto, o tecido do mundo em si - o contínuo surgir e desaparecer que são a matéria, energia e eventos."

Mas esse não é o caso da maioria. Eu vi muitos professores do Buddhismo Chines que sustentam a perspectiva de consciência universal de EU SOU para mente una. É uma influência do 宇宙本体论 (doutrina do substratum universal). Há um texto também considerado como dominante no Buddhismo Chinês, 宇宙万有本体论, embora eu não tenha certeza se é um texto substancialista (não o estudei).

No lado do Buddhismo Tibetano, Eu vi alguns mestres (embora mais infrequêntemente do que Buddhismo Chinês) esquivarem de consciência universal, mas geralmente mesmo que eles não o façam, eles frequentemente ainda reificam uma consciência imutável que é essência mais interior do indivíduo. Querendo dizer que EU SOU é reificado como um plano de fundo imutável de consciência pura, ou uma mente única subsumindo todos os fenômenos. O céu e as nuvens, espelho e reflexos que AtR fala a respeito no capítulo de mente una com frequência são reificados, isso é muito comum. Eu vi muitos livros Tibetanos falando apenas sobre EU SOU, alguns mente una, etc. É raro mesmo no Buddhismo Tibetano hoje (mas isso se aplica a qualquer tradição) de ir direto para não espelho, anatta e vazio, mas como eu mencionei há alguns. Então quanto ao Theravada das Florestas Tailandesas, como eu disse muitos ficam travados em Poo Roo (Testemunha) e um mestre que superou isso ficou trava em mente una. É muito comum nos ensinamentos de consciência ficar travado ali. Portanto, os 7 estágios de Thusness podem ajudar e se aplicam a todas as tradições, qualquer que seja a tradição que o indivíduo esteja seguindo então ele terá uma visão mais clara e poderá evitar as armadilhas."

Como Progredir do Estágio 4 para o Estágio 5

Investigue e desafia todo sentido de consciência sendo imutável e independente. Contemple sobre o Bahiya Sutta e a analogia do Vento/Soprar (Veja o Estágio 5 de John Tan). No Estágio 4 de John Tan, a Consciência ainda é entendida como sendo uma dependência de um viés: formas transitórias não são nada além de (expressões de) consciência imutável, mas consciência imutável não é equivalente a formas transitórias. Contemplar na dependència de via dupla também pode ser útil se você gosta de uma abordagem analítica:[Greg Goode on Advaita/Madhyamika](http://awakeningtoreality.blogspot.com/2014/08/greg-goode-on-advaitamadhyamika_9.html)

Comentário por Soh, 2021: "Na fase 4 o indivíduo pode estar aprisionado na perspectiva de que tudo é uma consciência modulando em várias formas, como ouro sendo moldado em vários ornamentos enquanto nunca deixando sua substância pura de ouro. Essa é a perspectiva de Brahman. Embora tal perspectiva e insight seja não-dual, ainda é baseada em um paradigma de perspectiva-essência e 'existência inerente'. Ao contrário, deve-se realizar o vazio da consciência [sendo meramente um nome como 'clima' – veja o capítulo sobre a analogia do clima no Guia ATR principal], e deve-se entender a consciência em termos de originação dependente. Essa clareza de insight o livrará da perspectiva essencial de que a consciência é uma essência intrínseca que modula-se nisso ou naquilo.

_~ Metáfora do clima

Não há clima ativamente criando, como um agente independente, as atividades de núvens, chuvas, sol, vento, etc. Clima é uma designação conceitualmente estabelecida sobre uma multiplicidade de eventos/atividades os quais são perfeitamente interconectados, dinâmicos e condicionalmente surgidos.

É importante perceber estas metáforas diretamente, como a natureza vazia da Consciência/Mente na experiência direta do indivíduo e não permanecer como uma ideia ou conceito intelectual.

2010, John Tan:

Eu não te disse que agregados puros é consciência, isso é não-dual. Quando você entende anatta, você percebe que a consciência é como o clima, é um rótulo para denotar este luminoso, porém vazio surgimento, isto são agregados puros.

2013 conversa com John Tan:

John Tan: Quando você diz "clima", o clima existe?

Soh Wei Yu: Não, é uma convenção imputada a uma atividade perfeita. Existência e não existência não se aplicam.

John Tan: O que é a base onde esse rótulo se apoia?

Soh Wei Yu: Chuvas, nuvens, vento etc

John Tan: Não fale em substantivos. Veja diretamente. Chuva também é um rótulo. Mas na experiência direta, não há problema, mas quando sondado, você perceberá como é confuso em relação a reificação da linguagem. E a partir daí vida/morte/criação/cessação surgem. E muitas formas de apego. Mas isso não significa que não há base... entende?

Soh Wei Yu: A base é apenas a experiência correta?

John Tan: Sim o que é claro e simples. Quando nós dizemos que o clima está ventando. Sinta o vento, o sopro... Mas quando nós olhamos a linguagem e confundimos verbos com substantivos existem grandes problemas. Então antes de falarmos sobre isso e aquilo. Entenda o que a consciência é, o que estar ciente é. Entende? Quando dissermos clima, sinta o brilho do sol, o vento, a chuva. Você não procura pelo clima. Entende? De forma parecida, quando nós dissermos consciência, olhe para o cenário, som, sensações táteis, fragrâncias e pensamentos".

(Observe que isto ainda é entender o vazio a partir da perspectiva do primeiro vazio, no segundo vazio não há nada para firmar convenções sobre - a ser elaborado no capítulo 6).

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