Estágio 6

Estágio 6 - Vazio A+ e A-; Maha Manifestação Total/Não-surgimento

+A e -A se originaram do Sutra do Diamante A não é A, portanto A é A.

Vazio +A é Manifestação Total e Maha. Vazio -A é o vazio, não-surgimento e natureza ilusória da aparência presente. A Fase 6 é sobre substituir toda a perspectiva com Originação Dependente e Vazio através da realização direta, e +A e -A são as experiências dela. Contudo, é possível ter vislumbres de +A e -A e ainda carecer de realização definitiva. Por exemplo, pode-se ter o gosto da natureza onírica de todas as aparências surgindo com seu brilho, mas ainda é um vislumbre ou experiência e não a realização do vazio, o que derruba a perspectiva de enxergar os fenômenos em termos de existir por sua própria essência, surgindo, permanecendo e cessando.

Na fase 6, não é mais sobre clareza (clareza já está implícita e é esquecida em vez de destacada ou super enfatizada). É possível realizar e experimentar +A sem entrar em -A, ou realizar e experimentar -A sem entrar em +A, e também é possível experimentar ambos e mais tarde vir a integrar +A e -A através de uma realização experiencial. A Manifestação total também tem várias profundidades, em uma fase mais madura a manifestação total penetra não apenas as 10 direções, mas os três tempos (passado, presente e futuro).

"A Manifestação total tem 2 sabores: a interpermeação e interpenetração de todas as coisas e sinceridade de ação sem eu/Eu.", "Manifestação total não é apenas interpenetração. Maha é uma experiência de grandeza além da medida. É uma experiência de tudo sendo consumado como é. Apenas em anatta essa experiência pode ser acessada sem muito problema." ~ John Tan/Thusness,2019

Manifestação Total (+A)

1) "Quando você cozinha, não há nenhum eu que cozinha, apenas a atividade de cozinhar. As mãos se movem, os utensílios agem, a água ferve, a batata se descasca... aqui não há espaço para simplicidade ou complicações, a "cozinha" foi além da sua própria imputação e se dissolveu na atividade de cozinhar e o universo está completamente engajado neste cozinhar." - John Tan, 2013

2) "Contemple "não se encontram, ainda assim conectados" a respeito de Manifestação total e originação dependente." - John Tan, 2017

Vazio/Não-surgimento (-A)

1) "Esse momento cessa enquanto surge, esse momento está surgindo ou cessando?" - John Tan, 2004 (?)

2) " 30 anos de prática e 23 anos de vida na cozinha é como um pensamento passageiro.

Quão pesado é esse pensamento?

O paradeiro desse pensamento?

Prove a natureza desse pensamento

Ele nunca surge verdadeiramente." - John Tan, 2013

3) "Aprecie o cenário vívido e lúgubre em não-dualidade e pergunte, Onde está esse cenário?" John Tan, 2016

Manifestação Total e Vazio

1) "Eu gosto da sua descrição de andar por um corredor iluminado.

Como ao andar em um shopping, não há eu, apenas as sensações de fluxo total formando a aparência do “shopping center”. Então ao entrar no estacionamento, todo o fluxo de sensações se transformam em um "estacionamento". O sabor dessa maravilhosa aparência fluida é indescritível.

Quanto à fisicalidade e aos sentidos, são simplesmente designações convencionais.. Na Manifestação total, todos os limites designados dissolvem e os seis sentidos se interpenetram perfeitamente uns nos outros em um funcionamento milagroso. No esforço de ver, por exemplo, não são apenas os olhos que vêem; os ouvidos vêem; o nariz vê, as cores veem. Todo o universo-mente-corpo maravilhosamente surge como sendo este momento de paisagem vívida. Neste momento, não há observador e nem observar, apenas a linda paisagem.

Veja, aprecie e habite profundamente nele em não-dualidade e pergunte,

Onde está esse cenário?

Ao contrário do som, gosto, pensamentos e cheiro que desaparecem como uma névoa evanescente, o cenário está vívido e obviamente está ali, mas onde está?

Poderosamente presente, e ainda vazio como um reflexo.

Integre os dois gostos e tenha uma jornada feliz!" - John Tan, 2019

2) "Aqueles foram apenas alguns escritos muito casuais compartilhados no impulso de um momento, eles não foram bem pensados. Para mim o vazio tem uma outra dimensão se você deseja dar uma olhada nela.

Quando não há um único traço de Eu/eu nem há nenhum senso de divisão interior/exterior, experimentador e o que é experimentado colapsam...

Neste momento há apenas o cenário lindo e vívido, este mundo brilhante... tudo surge por si

Neste ponto...

Feche os seus olhos....

Vacuidade....

Relaxe e repouse neste vazio consciente que tudo consome, essa Consciência clara não-dual sozinha como ela mesma e dela mesma...

Então mude o foco para a respiração...

Apenas as sensações da respiração...

Então as dançantes sensações transparentes... absolutamente nenhuma mente, nenhum corpo, nenhum experimentador/experimentado, nenhuma divisão interior/exterior... sem fronteira e sem limites

Cada momento é grandioso e miraculoso...

Primeiro isto deve se tornar natural para você.

Então neste momento de apreciar maha tal qualidade da respiração, as sensações, o cenário inteiro, o mundo inteiro...

Entenda que eles são **Vazios**!

Experimente a magnificência então entenda profundamente que eles são vazios, mas esse Vazio não tem nada a ver com desconstrução ou reificação nem eu quero dizer que eles são simplesmente impermanentes. Então o que é esse Vazio ao qual eu estou me referindo?" - John Tan, 2013

3) "Por que precisa haver "clima", "carruagem"... quando as notas formadas por instrumentos musicais desaparecem enquanto surgem, como é que a "música" é ouvida?" – John Tan

[http://www.awakeningtoreality.com/2015/01/an-expansion-on-four-levels-of-insight_10.html]

John Tan (Thusness): Olá David,

Não é apenas que não dure e seja insubstancial, é não-surgido.

Anatta enxerga através do eu (plano de fundo) e com essa liberdade da camada que obscurece, tudo se torna magnificamente claro e real.

Contudo, quando nós tentamos desconstruir mais ainda a aparência do primeiro plano, por exemplo, olhando claramente para uma flor vermelha, onde está esta "vermelhidão" da flor?

Fora? Dentro? Minha consciência ou a consciência de Soh ou a consciência do cachorro?

Tão claro, vívido e inegável, mas ainda assim nunca esteve realmente lá. Como que o que realmente "nunca esteve lá" desaparece?

É da mesma forma para o som. Toque um sino - Tingsss..não-dualmente claro e inegável. Onde está esse som claro como cristal? Fora? Dentro? Na consciência de Soh, na consciência de Albert, na consciência do cachorro? Nenhum ser senciente ouve o mesmo "tingsss"...

Observe tudo em volta... tão vívido e lúgubre... toque qualquer coisa... tão sólido e inegável... quando visto com OD, toda característica intrínseca nunca pode ser encontrada apesar de estar totalmente presente!

O mesmo se aplica a sensações, cores, formatos, odores, sons, pensamentos... todas as experiências são dessa forma... vazias e não-surgidas.

Então quando o eu de segundo plano é negado, o aparecimento do primeiro plano torna-se magnificamente real, não se torna ilusório.

Qual é o gosto real de negar "A" do "existência (inerente)" de A?

Apenas quando as aparências do primeiro plano são negadas de sua existência, então a experiência se torna ilusória... não pode ser de outra forma. Pois tudo claramente aparece mas quando visto com os olhos de originação dependente, nunca estão realmente lá... é apenas como uma ilusão (não que queira ser nomeado dessa forma)

Enxergar originação dependente é impressionante!

O que quer que apareça é não-surgido; indestrutível por não ser real e os fenômenos se ligam sem estarem "conectados". Tudo simplesmente vira magia!

O Caminho do Meio de Karmapa: Banquete para os Afortunados, Um Comentário sobre Chandrakirti'sMadhyamakavatara por Wangchuk Dorje (Autor), Tyler Dewar (Tradutor):

⋮ Apêndice III

AS CINCO GRANDES RAZÕES DO CAMINHO DO MEIO

1. As Lascas de Vajra (dorje zekma/rdorjegzegs ma)

O raciocínio das Lascas de Vajra analisam as causas. É sinônimo de "refutação do surgir dos quatro extremos" isto é o raciocínio principal utilizado por Chandrakīrti para refutar o eu dos fenômenos. Quando se analisa para saber se as coisas surgem de si mesmas, de outras, de ambos, de si e de outro, ou sem causa, não encontra-se nenhum surgimento que seja, e determina que porque eles não surgem, os fenômenos carecem de natureza inerente.

2. A Refutação da Presença e Ausência do Resultado (yö me kye gok/yod med skye ’gog)

A refutação da presença e ausência analisa resultados. Focando em um dado resultado, tal como o brotar "surgido" de uma semente, investiga-se se o resultado estava presente no momento de sua causa, ou se estava ausente, ambos presente e ausente, ou nem presente nem ausente. Quando descobre-se nenhuma permutação dentre essas quatro nas quais o surgimento é observável, conclui-se que o resultado não surge verdadeiramente da causa, pois o verdadeiro surgir necessariamente envolve uma dessas quatro.

3. A Refutação das Quatro Permutações (mu shi kye gok/mu bzhiskye ’gog)

A refutação das quatro permutações analisa ambas causas e resultados. Se a produção inerente ocorresse, necessariamente envolveria pelo menos uma das quatro seguintes permutações: 1) uma causa produzindo um resultado, 2) uma causa produzindo muitos resultados, 3) várias causas produzem um resultado, e 4) muitas causas produzem muitos resultados. Quando o indivíduo percebe que não se aplica qualquer dessas permutações quando se faz a análise, percebe-se que todas as causas e resultados carecem de natureza inerente.

4. Além de Um ou Muitos (chig du dral/gcig du bral)

"Além de um ou muitos" analisa as entidades dos fenômenos em si mesmas. Investiga-se para ver se qualquer fenômeno é uma coisa ou muitas coisas. Multiplicidade implica uma coleção de muitas unidades únicas. Portanto, quando busca-se qualquer fenômeno e não se encontra nenhuma unidade única que não pode ser mentalmente ou fisicamente desmantelada em mais partes constituintes, conclui-se que os fenômenos carecem de uma natureza inerente e não existem verdadeiramente.

5. Interdependência (tendrel/rten 'brel)

O raciocínio da interdependência analisa todos os fenômenos e é conhecido como "o rei dos raciocínios", já que, em contraste com os quatro acima, os quais são capazes de refutar apenas o extremo do apego à existência, o raciocínio da interdependência é capaz de refutar ambos os extremos de existência e não-existência. Quando investiga-se para ver se há qualquer fenômeno que carrega sua própria natureza, identidade, ou caráter sem depender de outro fenômeno para surgir ou ser designado, descobre-se que não há nenhum fenômeno que não seja dependentemente originado ou dependentemente designado. Desde que verdadeira existência implica existência independente, conclui-se que nenhum fenômenos existe verdadeiramente. Mais além, para dissipar o apego a não-existência, reflete-se em como os fenômenos que são determinados a carecerem de uma natureza inerente não são totalmente inexistentes, pois eles aparecem no mundo e surgem em dependência de outros fenômenos de uma forma que é reconhecida no mundo.

Comentário por Mipham:[https://www.lotsawahouse.org/tibetan-masters/mipham/four-great-logical-arguments]

Comentário por Thrangu Rinpoche:

[https://www.amazon.com/Open-Emptiness-Khenchen-Thrangu-Rinpoche/dp/193157121X]

"Para mim, o insight inicial de anatta foi o que eu afirmei principalmente no cenário 2 -- ver através do centro que o centro sempre foi presumido, ele é extra. Na realidade ele não existe.

Até este ponto de anatta, eu era muito um defensor do não-conceitual, menos palavras mais experiência. Eu ouvi falar da palavra "Kong 空" (Vazio) numerosas vezes mas nunca soube exatamente o que ela verdadeiramente significava. A ideia de Vazio me acertou provavelmente "2 anos depois quando eu me deparei com a [](http://awakeningtoreality.blogspot.com/2018/12/the-questions-of-king-milinda-as.html)[analogia da carruagem do sábio Buddhista Nāgasena]. Houve um reconhecimento instantâneo de que a analogia é precisamente o insight de anatta e anatta é o sabor da experiência em tempo real do "Vazio" em relação ao eu/Eu exceto que ele agora é substituído por "carrugagem" no exemplo

O insight foi enorme e eu comecei a re-examinar todas as minhas experiências a partir da perspectiva de"Vazio". Isso inclui ter largado mente-corpo, a impressão de estar aqui e estar agora, internalidade e externalidade, espaço e tempo... etc. Essencialmente uma jornada de desconstrução, isto é, estendendo o mesmo insight de anatta da perspectiva de vazio para todos os fenômenos, agregados, construtos mentais e até mesmo experiências sensoriais não-conceituais. Isto levou ao gosto de liberação instantânea no lugar não apenas do plano de fundo (eu) mas também do conhecido, visto, ouvido, provado, cheirado e sentido sem a necessidade de subsumir seja sujeito em objeto ou objeto em sujeito mas liberando tudo o que surge no local.

O processo de desconstrução revela não apenas o gosto da liberdade de liberar a energia que está sustentando os construtos (de fato é necessário uma tremenda energia para manter os construtos mentais) mas também uma formação contínua de um nó perceptivo que nos cega de uma forma muito sutil e que se relaciona com o cenário 3 -- Enxergar através da natureza fundamental do nó perceptivo em si. Enxergar a natureza do nó perceptivo envolve ver claramente certos padrões muito persistentes e habituais que continuam a formar o nosso modo de saber, analisar e experimentar como um feitiço mágico. O nó perceptivo é a tendência habitual de reificar e o Vazio é o antídoto para essa tendência de reificar.

A jornada do esvaziar também me convenceu da importância de ter a visão correta do Vazio mesmo que embora inicialmente seja apenas intelectualmente apreendida. Não-conceitualidade tem as suas doenças associadas... lol... portanto eu sempre defendo não cair em não conceitualidade e ainda a não ignorar a conceitualidade. Isto é, não-conceitualidade estrita não é necessária, apenas o padrão habitual de reificação precisa ser cortado. Talvez isso se relacione com o koan zen da raposa selvagem de não cair em causa e efeito e não ignorar causa e efeito. Um koan que Hakuin comentou como "difícil de superar".

Não cair nele, não ignorar.

Uma palavra diferente, um mundo de diferença.

E a diferença causa uma raposa por quinhentas vidas!

Um post longo, é hora de retornar ao silêncio.

Boa conversa e tenha uma feliz jornada David!"

- John Tan, 2013

"Estale os seus dedos, ouça o som.

Claramente ouvido mas onde?

Toque qualquer coisa, sinta-a, sinta as sensações dançando na dimensão zero. Não localizáveis, impalpáveis.

Olhe em volta, olhe a radiância da cor.

Tão indubitavelmente "externo" e ainda são como "internas"!

Olhe o cenário, claro, lúgubre e vívido.

Mas onde? Fora? Dentro?

Na mente de Soh? Na mente do cachorro, na mente de todo mundo?

Totalmente presente, porém ausente!

Todas as experiências são assim, como mágica, como ilusão.

Então por que olhar no espaço?

Olhe diretamente na natureza da experiência.

Nem externo nem interno,

Nem presente nem ausente,

Nem vinda nem indo

Impossível de se obstrurl por não estar aqui!

Indestrutível por ser irreal!" - John Tan, 2019

John Tan também escreveu em 2013,

"O conhecer inteligente como permanente... contínuo... tantas projeções no tempo... tão envolvido em conceituações mentais... Desconstrua o observador, o que acontece é apenas o cenário espontaneamente manifesto

Desconstrua mais além o corpo, você tem o largar de mente-corpo

Desconstrua o tempo, haverá apenas essa vívida e clara presença do imediato

Depois de surgir os insights de anatta, há apenas "direta" e simplicidade... vá além das convenções e conceitos e reconheça essa radiância imediata é exatamente o que está aparecendo nesse momento instantâneo...

Se você precisa de uma perspectiva para a prática, então abrace o princípio geral da Originação Dependente que não entretém o construto de quem-quando-onde, isso ajudará a cortar as propensões dualísticas e inerentes. De outra forma, você terá que voltar para o koan que eu te perguntei quando eu te conheci pela primeira vez no IRC... este momento cessa enquanto ele surge, este momento está surgindo ou cessando? Se você tiver clareza, então penetre mais além nessa manifestação total de imediatismo e perceba que embora hajam aparências vívidas, não há nada ali... nad agora... você nunca encontrará!"

[http://www.awakeningtoreality.com/2012/06/advice-for-taiyaki.html]

**Nove Pontos sobre Anatta para Vazio**

John Tan escreveu 9 ponto para Taiyaki (Albert Hong) depois da sua realização de anatta em 2012:

"Existem vários pontos que podem servir de ajuda para Taiyaki:

1. Primeiro precisa haver uma profunda convicção de que o surgimento não precisa de uma essência. Esta visão de essência subjetiva é simplesmente uma perspectiva conveniente.

2. O primeiro esvaziar-se de eu/Eu não leva necessariamente a uma experiência ilusória da realidade. Contudo, permite que a experiência se torne vívida, luminosa, direta e não-dual.

3. O primeiro esvaziar também pode levar o praticante a se apegar a um mundo 'objetivo' ou torná-lo físico. A tendência 'dualista' irá re-emergir depois do período de alguns meses, então é aconselhável monitorar o progresso por alguns meses.

4. O segundo esvaziar dos fenômenos tornará a experiência ilusória mas tome nota de como o esvaziar dos fenômenos é simplesmente estender a mesma "perspectiva de vazio" de Eu/eu".

5. A partir dessas experiências e realizações, contemple qual o significado de "coisa", o que quer dizer por mero construto e imputação.

6. "Largar mente e corpo" são simplesmente o dissolver do construto de mente e corpo. Se um dia a experiência de anatta encaminhar o praticamente para o apego de um mundo 'objetivo e verdadeiro', desconstrua "físico".

7. Há uma relação entre "construtos mentais", energia, luminosidade e peso. O praticante experimentará uma liberação de energias, liberdade, clareza e se sentirá leve e sem peso desconstruindo 'construtos mentais'.

8. Também entenda como a experiência maha de interpenetração e não obstrução é relacionada com desconstrução de visão inerente.

9. Nenhum corpo, nenhuma mente, nenhuma originação dependente, nenhum nada, nenhum algo, nenhum nascimento, nenhuma morte. Profundamente desconstruído e esvaziado! Apenas aparências vívidas e cintilantes como Talidade Primordial em interpenetração desobstruída e perfeita."

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Em outra ocasião, Thusness escreveu (não para Taiyaki):

...Como depois de anatta, como já disse muitas vezes, a sensação de externalidade e fisicalidade ainda pode ser muito forte. Meu processo de desconstrução de "externalidade" e "fisicalidade" na verdade é baseado em algumas questões: 1. Por que a mente a qual é "mental" é capaz de "interagir" com algo "físico"? 2. Porque a consciência precisa de condições para ela surgir? 3. O que é interação? Todas essas questões ajudam a estabilizar as minhas experiências quando eu as penetro do meu próprio jeito.

Ilusão como realização (surgiu) quando eu contemplei "o estar aqui" e "ser agora" até que a minha mente fosse capaz de intuir a lógica por trás deles, então a experiência se tornou estável. Contudo pode-se entrar por experiência para ter uma prova disso...

...

Soh, 2012:

Quando nós olhamos para uma vela, uma chama queima brilhando, tremulando momento a momento, não tendo uma forma fixa.

Nós podemos questionar, de onde o fogo vem? Ele vem do norte? Sul? Leste? Oeste?

Ele vem da vela? Pareceria assim, mas antes de a vela começar a queimar não há fogo. Quando a vela começa a queimar, ele aparece do nada - a vela e uma súbita fagulha acendem o fogo, mas o fogo não veio de lugar nenhum - é meramente dependentemente originado, sem um lugar de origem - completamente fresco e novo.

Onde ele está? O fogo está constantemente tremulando, não se pode apreender uma locação. Meramente dependentemente surgido, nenhum núcleo substancial que pode ser apontado ou localizado, De fato, tente mover a sua mão entre o fogo - é completamente oco e transparente.

Para onde ele vai depois que o fogo é apagado? ele vai para o norte, sul, leste, oeste, acima ou abaixo? Não se aplica. Pois o que é dependentemente surgido, cessa no cessar das condições, e é vazio de uma entidade. A noção de uma entidade que persiste e vai para algum lugar não se aplica. Fogo é vazio de ser-COISA. Não há ser-fogo do fogo.

Pois o que dependentemente origina não vem a se tornar o ser, e o que cessa no findar das condições não tem destino, nem pode-se dizer que uma 'coisa' foi 'aniquilada'. Simplesmente significa a ausência de condições para surgimentos futuros.

Olhe para a sua experiência de agora. Como ela é diferente do fogo tremulante?

Não é o caso de que o que quer que você pense, veja, ouça, e cheire, estejam espontaneamente aparecendo do nada (e.x. não há origem ou fonte, NÃO que as coisas surjam de um lugar que que é "lugar nenhum", como se houvesse uma fonte última que é "o nada", "a consciência" ou qualquer tipo de coisa assim)? Que está constantemente tremulando, não localizável, insubstancial? Que não há destino para o qual as coisas procedem e fiquem lá - em vez disso, eles simplesmente cessam com a separação das condições?

Se você prestar um pouco mais de atenção plena à sua experiência, não será difícil de observar diretamente a sua realidade experimental dissolvendo constantemente momento a momento como os seus dedos desenhando sobre uma lagoa desaparecendo completamente sem deixar vestígios do seu início.

Contudo, nós temos ideias de realidade substancial que existe objetivamente, causando obscurecimento e proliferação que se agarra a um eu sólido e coisas.

Por exemplo, nós imaginamos que há um observador, um eu que está espiando um mundo objetivo através dos olhos. O mundo objetivo é isto consistindo de entidades sólidas e objetos cada qual com as suas próprias características inerentes.

Nós raciocinamos para com nós mesmos que se nós fecharmos os nossos olhos e abrimos de novo, nós veremos novamente formas e cores similares. Então nós raciocinamos que essas formas e cores estão inerentemente presentes como as características dos objetos independente de se estamos presentes para observar os objetos.

Nós falhamos em considerar que, por exemplo, cães não enxergam cores, seres de outros reinos podem ver algo diferente, e se nós olharmos a um nível quântico nós veremos principalmente o vazio. Nós também falhamos em considerar que 'cores, formatos e formas' são meramente a nossa experiência visual surgida devido a causas específicas e condições. Não há tal coisa como visão sem cores, formatos e formas. E não há cores, formatos e formas sem visão. Eles são sinônimos. De qualquer forma, eles são simplesmente experiências dependentemente originadas. Nosso framework de haver um observador observando o mundo de objetos é sem base, tal delineamento não pode ser encontrado em nossa investigação. Não há observador que está vendo objetos, nem objetos que permanecem os mesmos e existem separados de nossa observação deles. Existe ao invés, simplesmente uma vasta gama de aparências, as quais são dependentemente originadas mas não há formas sólidas que possam ser imputadas ou estabelecidas quaisquer que sejam. Qualquer objeto que investigarmos para ver se eles poderiam ser características 'pertencendo' a objetos verdadeiramente existentes são na verdade mais da mesma aparência dependentemente originada vazia e sem substância, como uma concha vazia que apenas 'aparece' mas não pertence a nenhuma existência verdadeira ou núcleo. Sendo dependentemente originado, nada o que quer que seja exibe as características de existência inerente - nuclear, singular, sem partes, independente, imutável. Não há objetos por trás das cores, formatos, formas que nós experimentamos momento a momento... nem um observador por trás do observar.

Também não é o caso de que objetos passem através do nosso campo de consciência ou experiência. Dizer que "coisas surgem na consciência" ou "coisas surgem da consciência" já é fundamentalmente errado desde que implica que há "coisas" que podem surgir e desaparecer dentro de alguma "consciência" imutável, ou A PARTIR de alguma fonte última. Mas na verdade ambos "coisas" e "consciência" são meras convenções que apontam uma experiência singular auto-luminosa. De fato não há 'consciência' outra se não o que é visto, ouvido, cheirado, saboreado, tocado, pensado, consciência é simplesmente é a qualidade auto-consciente, auto-luminosa de cada experiência, e não há visão, som, cheiro, ... etc que não seja a amostra auto-luminosa da mente. Sendo breve, não há nada separado ta talidade de cada manifestação. E nós também percebemos que não há verdadeira origem (que aparências não 'vem de' algum lugar, ou vem de 'nenhum lugar' ou vem de uma Fonte última ou 'da consciência', são meramente dependentemente surgidos), nem nascido verdadeiramente, nem lugar real de habitação, nenhum destino ou cessação (pois nunca surgiu). Linguagem e pensamento falsamente constroem dualidades artificiais e fixam verdadeira existência de eu e coisas. Emoldurar as nossas experiências nesses construtos falsos causam confusão, ignorância, apego e sofrimento. Consciência é vazia de qualquer identidade intrínseca - sendo meramente uma convenção, como todo o resto também é convencionalmente designado sem qualquer fundamentação substancial que possa ser encontrada.

Thusness: "Os ensinamentos de originação dependente, anatta, e vazio não requerem vir e ir nem dentro e fora. Não há o que vem de um lugar, meramente manifesta-se quando a condição é. Nem é um 'pensamento' dentro, ou fora de uma 'entidade'. Meramente manifesta-se e subside em lugar nenhum. Assim é da forma que é. Vazio de essência inerente".

...

Khenpo Tsultrim:

MERAS APARÊNCIAS SURGIDAS DEPENDENTEMENTE

Compreender esses três estágios dos ensinamentos de Buddha destaca uma das principais diferenças entre a perspectiva do Caminho do Meio que Nagarjuna ensina e a perspectiva do nihilismo. Uma visão niilista teria uma um forte apego à noção de não-existência, enquanto no terceiro estágio, o Caminho do Meio explica que a natureza da realidade transcende ambos existência e não existência. Uma visão niilista também negaria completamente a existência de vidas passadas e futuras, a lei de causa e resultado, o raro e supremo Buddha, Dharma, e Sangha, e assim por diante. O Caminho do Meio não cai nestes extremos, contudo, porque ele não nega que todas essas coisas-de fato todos os fenômenos exteriores e interiores que compõem samsara e nirvana existem como meras aparências surgidas dependentemente. O melhor exemplo para nos ajudar a entender o que isto significa é a lua que aparece na superfície de uma poça d'água. Quando todas as condições de uma lua cheia, um céu sem nuvens, um lago claro, e um observador se juntam, uma lua irá aparecer vividamente na superfície d'água, mas se apenas uma condição estiver ausente, ela não aparecerá. Portanto, a lua não tem poder independente de decidir aparecer-ela aparece na água apenas na dependência da reunião dessas causas e condições. Ao mesmo tempo, ela aparece, contudo, é apenas uma mera aparência, porque ela é vazia de verdadeira existência-nem o menor átomo de uma lua pode ser encontrado em qualquer lugar na água. Portanto, a lua-água é uma mera aparência de algo que não está realmente lá. Da mesma forma, todos os fenômenos de samsara e nirvana aparecem devido a reunião de causas e condições, e da mesma forma que eles aparecem, o conhecimento preciso (prajna) que analisa a sua verdadeira natureza não pode encontrar um traço mínimo de sua verdadeira existência. Eles são aparências que são vazias de qualquer essência substancial, assim como luas-água, mas assim como luas-água, o seu vazio essencial não os impede de aparecerem vividamente quando as causas adequadas e condições se reunem. Essa é a verdade de origem dependente, a união da aparência e vazio que é a essência da visão do Caminho do Meio. Ela liberta o Caminho do Meio do extremo do realismo, porque ela não sobrepõe a verdadeira existência sobre a natureza da realidade genuína onde não há nenhuma, e do extremo do niilismo, porque ela não nega que coisas aparecem devido à união de causas e condições.

...

"Se nós observarmos o pensamento e perguntarmos onde é que o pensamento surge, como ele surge, como é o 'pensamento'. O 'Pensamento" revelará que a sua natureza é vazia -- vividamente presente e ainda assim completamente não localizável. É muito importante não inferir, pensar ou conceitualizar mas sentir como todo o nosso ser essa 'impalpabilidade' e 'não-localidade'. Parece residir 'em algum lugar' mas não há como localizá-lo. É apenas uma impressão de algum lugar "ali" mas nunca "ali". Similarmente "estar-aqui" e "ser-agora" são meras impressões formadas por sensações, agregados de causas e condições, nada inerentemente 'ali'; igualmente vazio como 'eu'.

Essa natureza vazia impalpável e não localizável não é peculiar apenas ao 'pensamento'. Todas as experiências ou sensações são como isto -- vividamente presente e ainda assim insubstancial, impalpável, espontâneo, não-localizável.

Se nós fôssemos observar uma flor vermelha que é tão vívida, clara e certa na nossa frente, a "vermelhidão" apenas parece "pertencer" à flor, e na verdade não é assim. A visão do vermelho não surge em todas as espécies animais (cães não podem perceber cores) nem é a "vermelhidão" um atributo inerente da mente. Se for dada uma “visão quântica” para examinar a estrutura atômica, da mesma forma nenhum atributo de "vermelhidão" pode ser encontrado em lugar algum, apenas quase somente espaço/vácuo sem formas e formatos perceptíveis. Quaisquer aparências são dependentemente surgidas, e por isso são vazias de uma existência inerente ou atributos fixos, formas, formatos, ou "vermelhidão" -- meramente luminosas, porém vazias, meramente aparências sem existências inerente/objetiva.

Da mesma forma, quando diante de um poço de fogo ardente, todo o fenômeno de 'fogo', o calor ardente, todas as sensações de 'estar quente' que estão tão vividamente presentes e parecem tão reais mas quando examinadas elas também não estão inerentemente "lá" -- meramente dependentemente manifestas sempre que as condições estiverem lá. É impressionante como as visões dualísticas e inerentes enjaularam experiências não conectadas em um construto de quem-quando-onde.

Todas as experiências são vazias. Elas são como flores no céu, como pinturas na superfície de um lago. Não há como apontar um momento da experiência e dizer isso está 'dentro' e isto está 'fora'. Tudo 'dentro' é como 'fora'; para consciência, experiências desatadas é tudo o que há. Não é o espelho ou lago que é importante mas o processo de fenômenos ilusórios da pintura cintilando na superfície do lago; como uma ilusão mas não uma ilusão, como um sonho mas não um sonho. Esta é a fundação de todas as experiências.

Porém esta 'natureza 'impalpável e não-localizável' não é tudo o que há; também há este Maha, esse grande sentimento sem fronteiras de 'interconectividade'. Quando alguém toca um sino, a pessoa, a vareta, o sino, a vibração do ar, os ouvidos e então o mágico aparecimento do som -- 'Tongsss...ressoando...' é tudo um único acontecimento desatado, uma experiência, Quando respirando, é apenas esse único inteiro e completo respirar; tudo são causas e condições se unindo para dar surgimento a essa sensação inteira de respirar como se todo o universo estivesse realizando este respirar. O significado dessa experiência de Maha não está em palavras; na minha opinião, sem essa experiência, não há verdadeira experiência de 'interconectividade' e a presença não-dual está incompleta.

A experiência da nossa natureza vazia é muito diferente daquela de unicidade não-dual. 'Distância', por exemplo, é superada em unicidade não-dual ao enxergar através do aspecto ilusório da divisão de sujeito/objeto e resulta em uma única presença não-dual. É enxergar tudo como apenas 'Isto' mas o experimentar do Vazio quebra a fronteira através da sua impalpabilidade vazia e natureza não localizável.

Não há necessidade para um 'localidade-onde' ou um 'temporal-quando' um 'quem-eu' quando nós penetramos profundamente nesta natureza. Quando ouvindo um som, o som não está nem 'no aqui' nem 'lá fora', ele está onde está e então some! Todos os centros e pontos de referência se dissolvem com a sabedoria de que a manifestação se origina dependentemente e é, portanto, vazia. A experiência cria uma "sempre certa onde quer e quando quer que seja" sensação. Uma sensação de lar em todo lugar embora nenhum lugar pode ser chamado de lar.Ao experimentar a natureza vazia da presença, um praticante sincero toma clareza de que de fato a presença não-dual está deixando uma marca sutil; enxergando a sua natureza como vazia, a última marca que solidifica as experiências dissolve. Parece legal porque a presença se torna mais presente e sem esforço. Então nós mudamos de "presença vívida não-dual" parar "embora presente vívidamente e não-dualmente, nada é real, vazio!"." - John Tan, 2009

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Considere, por exemplo, o simples ato de cheirar uma flor. Nós vemos a rosa, sentimos a rosa, trazemos ela para perto, respiramos através do nosso nariz. Nós "cheiramos a rosa," como nós dizemos, embora isto se refira mais a como nós conceitualizamos a nossa experiência do que se refere ao que é de fato experimentado. Dizer que nós cheiramos uma fragrância seria mais próximo da experiência de fato.

Mas onde o ato de cheirar uma fragrância acontece? Se nós prestarmos atenção cuidadosamente, nós podemos ver que todos os nossos relatos usuais de experiência começam a falhar.

A fragrância está na rosa? Se estivesse, como poderíamos cheirá-la? Você está aqui enquanto a rosa está "lá fora" em algum lugar. Por outro lado, se a rosa fosse removida, você certamente não cheiraria a fragrância. Mas se você fosse removido - ou se o ar entre você e a rosa fosse removido - você também não sentiria o cheiro.

Então a fragrância está na rosa? Está no seu nariz? Está no ar entre você e a rosa? Está no ar se ninguém estiver em volta para cheirá-la? Se sim, como nós podemos saber? A fragrância está no seu cérebro, então? E se estiver no seu cérebro, então por que a rosa é necessária de qualquer forma?

Ultimamente, o simples ato de "cheirar uma rosa" - ou qualquer outro ato envolvendo um sujeito e objeto - se torna impossível de ser apreendido e totalmente insubstancial.

Contudo, gradualmente, nós podemos começar a apreciar o que a experiência de cheirar uma rosa de fato implica. É a da natureza do espelho em si - isto é, a fonte de toda a experiência é a Mente. Como tal, o ato de cheirar - ou enxergar ou tocar ou pensar - literalmente não tem local. Essa não localidade é a própria essência da Mente. – Mestre Zen Steve Hagen

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[Vazio/Carruagem como Presença Aparente Vívida](http://www.awakeningtoreality.com/2019/08/emptinesschariot-as-vivid-appearing.html)

Parece haver entendimentos diferentes, ou fases de entendimentos, do vazio. Nós podemos entender o vazio de uma maneira como 'clima', onde clima é meramente uma imputação sobre uma coleção de fenômenos como a chuva caindo, sol brilhando, e assim por diante. Mas nós podemos entender isso em termos de vazio do rótulo imputado, deixando a coleção, os agregados, a própria experiência vívida manifesta "não-esvaziada". Na verdade se nós realmente percebêssemos em realização direta como 'carruagem' se aplica como vívida presença aparente, então isto cobre tudo. Como John Tan me disse antes, "Não fique pensando nos agregados como também vazios, se você entender que a carruagem é vazia, o que não é vazio?" Contudo o problema é que os agregados parecem reais a não ser que tenhamos realização direta de que 'nome-sózinho' ou 'vazio' é na verdade vívida presença aparente.

O rótulo ou carruagem que é vazio é a vívida presença aparente, como a miragem vívida infindável e cintilante... sem rótulos mentais. Esta vívida presença aparente é o que é vazio apenas como a carruagem é vazia de si mesma. Isto significa que o indivíduo deve ser capaz de ligar diretamente "vazio" com aparência vívida. Ao invés de vazio como essência vazia, vazio = aparência vívida.

Se nós pensarmos em um rótulo "carruagem" e então pensarmos "esta carruagem rotulada é vazia de essência", isso não é o experimentar diretamente e realmente a carruagem como presença vívida. Se nós pensarmos 'carruagem/clima/etc' é vazia por causa disso e daquilo, ainda é análise inferencial em vez de realização direta e concretização. Contudo, quando um indivíduo percebe que a carruagem = presença vívida aparente, isto é um insight experimental direto. Vazio = essa presença vívida. Tudo que o acompanha está tentando comunicar este gosto e insight. Mas conceitualmente é entendido dessa maneira, vazio de essência.

Como qualquer objeto que você vê, um celular, uma mesa, um carro, aquele presenciar vívdo é a 'carruagem' - é infindável presença vívida aparente, por isso não há celular... dor é presença vívida aparente, por isso não há dor. O celular vividamente presente é a carruagem que aparece e funciona, mas está vazia, a dor vividamente presente é a carruagem. Sendo assim, não há carruagem, nem dor, nem sofrimento, e todas as negações no Sutra do Coração. O Sutra do Coração até mesmo diz, "Nenhuma forma, sons, cheiros, gostos, tocáveis ou objetos da mente".

Mas quando nós falamos sobre os "nenhum"s, podem haver muitos significados. O que o "nenhum" como negação significa? Certamente não está se referindo a não-existência, a qual é um extremo. E nós certamente existimos (convencionalmente) experiência, formas, sons... e assim por diante. Obviamente qualquer um lendo isto está totalmente ciente e consciente ao invés de ser um cadáver inerte ou um pedaço de madeira. Eu tenho visto novas traduções do Sutra do Coração que traduzem 'vazio' em algo como 'vazio de existência independente', enfatizando como todos os fenômenos são vazios de um ser independente e separado, senão eles podem estar enfatizando a "interdependência". Embora isto pareça uma compreensão mais explicativa e melhor do que 'não-existência niilista'. Eu diria que até esta tradução interpretativa erra o ponto, e por isso John e eu preferimos as traduções mais acuradas e precisas em relação às mais interpretativas ou aquelas que tomam liberdades poéticas. Mais além nós até podemos pensar que são as entidades mentalmente rotuladas que são vazias de essência própria, mas então nós falhamos em ir além de enxergar o vazio no nível dos construtos.

No nível do insight experimental direto, é a própria impossibilidade de encontrar, incompreensibilidade, falta de referência de luminosidade-vazia... uma "ausência" aparente. Não há clima, não como se o clima não existisse, mas é simplesmente vazio vívido aparecimento/presenciar... mas não é apenas a entidade mentalmente rotulada "clima" que é vazia nem é que o clima não exista, mas o próprio aparecer/presenciar vazio que nós chamamos de chuva caindo etc não é nada ali, uma ausência aparente ou vívida presença vazia é como um arco-íris ou uma miragem ou holograma. Vazio não é nada além do que forma como é precisamente a ausência aparente que é vazia, é o vazio. Aparências são o mero cintilar de miragens-luz.. é apenas o gosto da presente aparência vazia. Assim, o carro para o qual estou olhando, sendo como uma carruagem e mero nome, é mera luz luminosa cintilante. É ver aquela carruagem = presença de aparência vívida. O que quer que seja visto, ouvido, cheirado, sentido, provado e pensado são indefiníveis apesar de se amostrarem claramente, como a carruagem. Nós não temos que diferenciar inerência e não-inerência, conceitual ou não-conceitual. Se você se acostumar, o que quer que aparece é apenas vazio.

Forma é vazio, vazio é a forma deve ser entendido dessa forma... prove, veja e cheire o vazio.

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[Olhando Direto para o Vazio-Aparente]](http://www.awakeningtoreality.com/2017/12/looking-straight-at-appearance-emptiness.html)

Eric escreveu:

Isso levanta a questão 'O que é o conhecimento supremo discriminador?'. Como olhar diretamente para o vazio da aparência, o vazio do som e o vazio da consciência para ser liberado diretamente?

Obrigado por compartilhar, e eu espero ouvir uma resposta de você.

Minha resposta

Primeiro realize anatta. Nenhum pensador ou observador a não ser o pensamento auto-luminoso, visão e som. Sujeito ação objeto é visto como chovedor chove a chuva é visto.

Naquele momento de percepção imediata e não-dual da manifestação

Olhe para a sua natureza, de onde vem a aparência? Ela vem de algum lugar? Ela vem de si mesma? Ela surge sem causa? E se não, qual é o mecanismo que permite o aparecimento das aparências? Se o que surge, surge por via de dependências, ela tem alguma existência própria? Ela surge, habita ou subside?

Ao investir de tal maneira, a natureza da mente/aparências vívidas tornam-se clara

Olhando para o reflexo do meu rosto na tela

É obvio que o reflexo na tela depende dos meus olhos, das luzes, e do movimento das minhas mãos

É óbvio que o reflexo não conta como uma face que existe verdadeiramente sendo criada ou surgida dentro do iphone

É óbvio que nenhum destes elementos existe separadamente ou independentemente

Mesmo que embora cada um desses não se encontrem, eles estão intimamente conectados em um movimento independente ou atividade

Nenhum desses domínios tem uma existência independente em/por si mesmo

Cada aparência, sendo não-dual e luminosamente clara, a realidade/amostra vívida de mente presença/luminosidade pura, está simultaneamente em conexão independente como também é atividade independente com tudo (condições) que há

E mesmo que embora eu diga que o reflexo é dependente do olho e assim por diante

Eu não quero dizer que as condições tais como O Olho tem uma existência independente

Nós estamos acostumados a pensar em causas e efeitos como coisas pré-existentes que podem afetar ou fazer com que outra coisa venha a existir

Na verdade o princípio da condicionalidade não é compatível com tal compreensão falha e comum da causalidade

Por exemplo, nós já consideramos o fato de que um olho não é um olho? Ou O Olho é vazio de olho ou ser/essência-olho de olho? E da mesma forma a consciência é vazia de consciência?

Pois um olho (ou, consciência visual) é dependentemente designado em função do ver

Na vividez da cor vermelha da rosa

É a vividez da cor vermelha que faz dos olhos o que é

Pois o que nós chamamos de olho é simplesmente um rótulo conveniente para um orgão que torna a visão possível

E o que é o olho se não a sua função de enxergar?

Então o que quer que seja que tenhamos definido tal como um olho não pode ser compreendido separado de outras convenções que tornam a convenção "olho" significativa

Não é uma entidade na qual existe em e por si mesma separada das condições, partes e funcionalidades e outras convenções que a definem

Qualquer coisa na qual nos referimos tal como um olho, uma rosa, e assim por diante não pode ser encontrada ou apontada como uma entidade separada de suas partes, funcionalidade, dependências, aparências e consciência designante

Não há uma (verdadeiramente existente) causa ou condição originadora de um efeito

Pois a causa define o efeito e o efeito define a causa

Causa não está antes e efeito não está depois

A causa é causa porque o efeito é efeito

O Filho faz do Pai um Pai, não é que o Pai veio antes do Filho, no ato da originação co-dependente, nenhum originador nem originação podem ser encontrados

nada se originou verdadeiramente, surgiu, foi criado, nem há um criador em uma aparência e nem verdadeira causa ou condição podem ser achadas existindo em em si e por si só

Qualquer que seja a aparência que encontremos, conhecemos, é uma aparência não originada originária de forma contínua (de origem dependente)

Assim como os reflexos, miragens, sonhos, nada verdadeiramente existente pode ser encontrado nos reflexos

Como um reflexo, nada realmente surgindo (passando a existir) poderia ser encontrado apesar da lua aparecer vividamente na superfície do lago

Nem o reflexo da lua nem a lua no céu podem ser encontrados em si e por si, sem todas as condições, funções e designações dependentes que o definem.

Nenhum deles infere uma entidade que é criada ou surgida em qualquer lugar Nem um "aquilo o qual origina"

Aparências vívidas incessantemente se manifestam sem significar algo surgindo, permanecendo ou cessando

Como o passar dos dedos na superfície de um lago com os seus dedos, vividamente aparecendo porém não deixando rastros

Como uma correnteza sem fim de imagens dependentemente originadas com os dedos rolando na tela do iPhone pelo Facebook, nunca significando algo realmente se originando, vindo a ser, permanecendo em algum lugar e indo a algum lugar. Nenhum gato veio do topo e da esquerda do fundo da tela do seu iPhone nem existe dentro do seu iPhone. Não vem à existência por sua própria vontade e não pode ser separado do seu ato de enxergá-lo.

O que não surge do outro, de si mesmo, nem sem causa, não surge verdadeiramente ou vem a ser. Eles são como reflexos, miragens e sonhos.

Vividamente presente, mas ausente, e todo o campo de experiência é igual ao espaço vazio, não no sentido de que nada é visto, mas nada é tangível, nada visto ou ouvido realmente equivale a “algo”.

A sabedoria surge ao se familiarizar com a visão correta através do aprendizado e contemplação meditativa, e será contraproducente cair na busca de um estado de não-conceitualidade. No entanto, quando surge a sabedoria da natureza da aparência, não há mais necessidade de conceituar a vacuidade e, em vez disso, simplesmente se repousa no fluxo da clareza vazia na aparência vívida. A aparência de origem dependente surge como sabedoria não nascida

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"Formação Dependente, Não vir nem ir, Libertação

Assim como um filme, aparências são dependentemente originadas como formação, assim como chamas ardentes e bolhas, sem nada vindo ou indo, completamente sem essência. As aparências são completamente vazias e não originadas por natureza. Ver apenas isto já liberta. Não há Essência persistente ou eu/Eu em qualquer lugar, apenas formações dependentes. Nada está ali, vazio de substância e ainda aparecendo como chamas e bolhas. Assim como um filme, todo senso de algo ou alguém vindo daqui ou indo está errado, é porque falhamos em enxergar a natureza do dharma (fenômeno) como formação dependente que nós concebemos os fenômenos como tendo essências, como tendo uma vida própria, que poderia vir e ir, surgir, permanecer e cessar por si. A chama ardente veio de algum lugar, surgiu, permaneceu, e cessou, ou é meramente uma formação dependente e vazia? Você pode não atribuir alguma essência a personagens no filme vindo de algum lugar e indo para algum lugar, mas você atribui isto a coisas e pessoas na "vida real". Em vez de ver que todos os fenômenos são como a chama flamejante ou a bolha que se manifesta sob condições e cessa ao cessar ou condições mas sem nada vindo ou indo, surgindo ou cessando. Se você tentar encontrar onde eles permanecem, para onde vão e de onde vem, nada o que quer que seja pode ser encontrado. Aparecendo mas nada "ali".

Você diz que a chama tem alguma Essência que foi pra algum outro lugar quando cessada? Você diz que alguma Essência chegou de algum lugar quando o fogo começou a queimar? Não, apenas formações dependentes. Todos os fenômenos aflitivos e não aflitivos se desenrolam em dependência sem uma essência persistente, agente, intermediário. Ainda baseado nos eventos de ontem, certos pensamentos ou ações acontecem hoje, como continuidade da corrente de dependências. Continua sendo uma formação dependente, nenhum eu/Eu envolvido.

O apego e as aflições diminuem ao realizar isso, pois não pode haver nenhum tipo de apego ao que é completamente sem Essência ou Auto-existência. Mas esta liberação não vem da experiência ilusória mas da completa libertação de qualquer noção de Essência... o gosto é ilusório mas é o se livrar da Essência que é libertador. Assim como não é a experiência de PCE/experiência de consciência pura ou um estado de não-mente (as quais podem simplesmente ser experiências de pico) que liberam, mas sim o livrar-se do eu/Eu a partir da realização de anatta que é libertador.

Enxergar isto requer que nós vejamos a relação certa entre experiência, visão e libertação, e não nos estreitarmos em um único aspecto." - Soh, 2019

~Oito símiles da ilusão

As oito símiles da ilusão (Tib. སྒྱུ་མའི་དཔེ་བརྒྱད་, _gyumépégyé_, [Wyl.](https://www.rigpawiki.org/index.php?title=Wyl.)_sgyuma'idpebrgyad_) são (na ordem em que aparecem em [](https://www.rigpawiki.org/index.php?title=Longchenpa)'s[_Encontrando Conforto e Calma na ilusoriedade das coisas - Longchenpa_](https://www.rigpawiki.org/index.php?title=Finding_Comfort_and_Ease_in_the_Illusoriness_of_Things)):

1. Sonho: como em um sonho, objetos percebidos com os cinco sentidos não estão ali, mas eles aparecem através de desilusão

2. Ilusão Mágica: como uma ilusão mágica, as coisas são feitas para aparecerem devido a união de causas e condições

3. Alucinação ou _trompe-l'oeil_: como uma alucinação, as coisas aparecem, mas não há nada lá

4. Miragem: como uma miragem, as coisas aparecem, mas não são reais

5. Eco: como um eco, as coisas podem ser percebidas, mas não há nada ali, nem dentro ou fora

6. Cidade de [gandharvas](https://www.rigpawiki.org/index.php?title=Gandharva): como uma cidade de gandharvas, não há habitações nem nínguem para habitar

7. Reflexo: como um reflexo, as coisas aparecem, mas não tem realidade própria

8. Aparição: como uma aparição, existem diferentes tipos de aparências, mas elas não estão realmente lá"

~ Manifestação Total e Maha (+A)

Em escritos anteriores, John Tan utilizou Maha como um descritor e em escritos posteriores ele usou ambos "Maha" e "Manifestação Total", mas o que eles estão descrevendo é a mesma coisa. Maha é uma palavra em Sânscrito que significa "grande", a qual você pode entender como vastidão infinita sem fronteiras. Na experiência de Maha/manifestação total, há a experiência de que a infinitude descentralizada e sem fronteiras do universo, e.x. todas as condições das dez direções (espaciais) e três tempos (temporais), estão exercendo até mesmo uma simples atividade de respirar, comer e caminhar.

Após o amadurecimento dos insights, mesmo após a realização de anatta, como John Tan escreveu em 2009, esse Maha deve se tornar um estado natural. Deve ser a sua experiência de base persistente, sem a qual a experiência de anatta e insight não amadurecem completamente."

"A experiência de Maha que eu compartilho com longchen [[Sim Pern Chong](https://awakeningtoreality.blogspot.com/2018/09/a-compilation-of-simpos-writings.html)] é muito importante. Depois do amadurecer da experiência não-dual, essa grandeza sem fronteiras e o universo fazendo o trabalho também é compreendido como parte do estado natural." - John Tan, 2009

Assista esses dois vídeos muito bons por A. H. Almaas que descrevem a manifestação total: [http://www.awakeningtoreality.com/2022/01/ahalmaas.html]

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1. Samadhi é um período prolongado de unicidade

2. Manifestação total onde o indivíduo se sente imensamente conectado com tudo

3. Um período prolongado de experiência não-dual onde as fronteiras de sujeito e objeto dissolvem

4. Não-agente em ação

Em quaisquer casos, o senso de eu é largado e evapora. Mas como o senso de eu é largado é que é a questão. É uma forma de insight como anatta ou é uma experiência ou um estado particular?" - John Tan, 2019

"Manifestação total tem 2 sabores: a interpermeação e interpenetração de todas as coisas e o agir entregando todo o coração sem o eu/Eu.", "Manifestação total não é apenas interpenetração. Maha é uma experiência de grandeza além da medida. É uma experiência de tudo sendo consumido como ela. Apenas em anatta essa experiência pode ser acessada sem muito problema; Então [porque] EU SOU se [alguém é] sem aquela experiência [de EU SOU] é escassa de EU SOU... ...Eu te disse que experimentalmente não há diferença [entre EU SOU e anatta]. Apenas um refinamento da visão." ~ John Tan, 2019

"Seis experiências de correnteza é apenas uma travessia conveniente. Nada ultimo. Não é preciso apenas ver que não há Observador + ver + visto... você precisa ver a imensa conectividade." - John Tan, 2012

"Portanto estudar a mente é estudar a miríade de formas. Estudar a miríade de formas é estudar a aparência dependentemente originada nesse momento instantâneo. Estudar o momento instantâneo é compreender a Manifestação total do 'universo interconectado' e essa Manifestação total é expressa sem reservas como esse momento vívido do som surgindo...esta respiração...esse pensamento passageiro...esse cenário obviamente claro...

e

Sumiu Instantaneamente!" - John Tan, 2011,

[http://awakeningtoreality.blogspot.com/2011/03/realization-experience-and-right-view_13.html]

~ *A Prática de Ausência de Frio ou Calor vs Manifestação Total*

"O que te falta agora é sentir com todo o corpo e mente até que corpo-mente são esquecidos completamente, desconstruídos e entrar em manifestação total de todas as coisas. Não há nem você, corpo, mente, ambiente nem super consciência... apenas abertura completa e experimente a Beleza dessa manifestação total da "talidade" não dualmente. Nenhum corpo, mente, eu, ainda pode restar ao nível de consciência pura. A medida é a desistência total para que a experiência de quão imensa é essa teia de interpenetração seja vivenciada como este momento de surgimento é importante. Você precisa praticar com a visão em mente para ver a interconexão, não a não-conceitualidade do que quer que surja.

Há duas práticas, uma é sentir a intensidade deste momento de surgimento até que não haja mente, corpo, eu... diretamente bem no lugar onde não há calor ou frio, a intensidade da nossa essência luminosa. O outro é manter a visão em mente até que corpo, mente, esteja sendo desconstruída nessa imensa interconectividade. Elas são diferentes, porém ambas as práticas são igualmente importantes. Una é a não conceitualidade total, una é a integração total da visão de interconectividade. Na conceitualidade de ao ouvir, apenas som... não há mente, nem eu, nem ouvinte, apenas o som. Esse universo está cheio de sons surgindo... Claro vívido e não-dual... você pratica a intensidade da essência luminosa. Mas ouvindo o som, no fundo de você, você vê a natureza vazia do surgimento, você vê a baqueta, o tambor, os tímpanos, o som ... Isto requer visão... e não a não conceitualidade. Se você continuar isto perpetuamente, então a mente, corpo, o construto do universo também serão dissolvidos e a experiência se torna maha e sem dimensão. Entende?"

...

"Sem conceitos, a experiência está naturalmente presente e luminosa, isto não é exatamente verdade na minha opinião.

Nós podemos parar a conceitualização ou até mesmo termos muitos episódios de experiências não-conceituais não duais ou de não mente, e ainda manter as obscurações intelectuais de enxergar entidades, entidade possuindo características, causa e efeito, agente e movimento... etc continuam a nos assombrar. A cessação analítica é temporária.

Então a liberdade da conceitualização não pode simplesmente ser uma parada de "conceitualização", um insight claro que enxerga através do vazio dos construtos convencionais precisa surgir.

Embora o insight resulte em não-conceitualidade, ele também reconhece que a causa da obstrução é a ignorância que obscurece e cega, não designações e construtos.

Quando em contemplação de OD (embora conceitual), não apenas o senso de eu não surge, ele substitui a visão de eu. Repousar no não-conceitual também é um meio para um fim. O fim não é um estado não-conceitual mas o completo desenraizar da ignorância.

Portanto quando Dogen rema o barco em manifestação total, existem conceitos, designações e convenções mas não há senso de eu, nem sendo de fronteira, nem senso de obstrução entre o céu, o barco, o remo e o mar... tudo interpenetrado além das suas fronteiras convencionais no ato de remar." – John Tan, 2020

Eu te contei sobre a doença da não conceitualidade, você precisa buscar um equilíbrio. De outra forma, irá apenas limitar o seu progresso na fase 6 e especialmente na 7. A visão precisa ser completamente integrada na sua prática para que você entenda o que a experiência de maha é

Muitos não entendem a implicação da visão correta ainda. Você não vai até a não conceitualidade e realiza a maha experiência da "talidade".

Também é necessário penetrar OD por uma investigação mais profunda da experiência. Para onde o som vai? Há um "ir, vir", há um "aqui e lá" se o som está lá, há um vazio para o qual o som retorna? Então o que quer dizer "não indo a lugar algum" e enxergando OD. Então nós começamos a entender a perspectiva de atividades e ações e quando nós vemos em todo lugar a integração perfeita e as manifestações totais, então a maha experiência se tornará mais e mais óbvia e sem esforço. Nesta fase não há eu, nem dualidade... Tudo isto já está implícito... Eles são o conteúdo do vazio.

Você deve observar alguns aspectos:

1. Ver o objeto inerente como mera comparação convencionada... Se um praticante continua penetrando o que quer que surja dessa forma, a experiência se tornará sem base e ilusória

2. Ver claramente de modo não dual mas no nosso fundo perceber que isso é meramente uma manifestação dependentemente originada, nada último e sólidamente real

3. Você vê "não ir, nem vir, nem aqui, nem lá" e penetra profundamente na completa interpenetração de atividades levando a maha experiência

Até que essa natureza vazia do que quer que surja seja intuída na nossa experiência de momento a momento, você pode sentir a manifestação total e o aspecto auto-libertador da experiência." - John Tan, 2012

...

"Existem algumas condições para experimentar maha como sendo a base [estado] (Soh: quer dizer experimentando sem esforço em todas as situações como sempre foi):

1. Amadurecer em experiência não-dual

2. OD (originação dependente)

3. Experimentar e entender que 'interconectividade' é o universo em si

...

"Também entre "ver o Oceano como extra" para experimentar diretamente a "manifestação total no não cessar desta atividade contínua", um processo de amadurecimento do insight de anatta é necessário. Por amadurecimento eu me refiro" ao fim de qualquer reificação de mente-objetos seja "Eu/eu", "aqui/agora", "mente", "corpo", "clima"... -- não há "Eu/eu", apenas agregados mudando; nenhum "corpo", apenas sensações mudando; nenhum "aqui e agora" a não ser os fenômenos mudando; nenhum "clima" a não ser nuvens mudando, chuva e raios de sol. Se este insight puder ser completamente extendido para o que quer que surja então a interconectividade e manifestação total deste momento se tornará clara e óbvia. Tanto que ao comer uma maçã, todo o universo prova! -- a completa manifestação da maçã, a mão, o gosto, a garganta, o estômago, o tudo de tudo está completamente transcendido nesta simples ação de "talidade" onde nada é excluído. Aqui de novo, tome nota de que essa "manifestação total" não é o resultado de estar totalmente concentrado; é o resultado natural de quando os praticantes adequadamente abraçaram a 'visão' de duplo vazio." - John Tan, 2011,

[http://awakeningtoreality.blogspot.com/2011/03/realization-experience-and-right-view_13.html]

...

"E esse é todo o propósito de anatta. Para ver completamente através de que esse plano de fundo não existe na realidade. O que existe é um fluxo, ação ou karma. Não há fazedor ou qualquer coisa sendo feita, há apenas o fazer; Nenhum meditador, nenhuma meditação, apenas o meditar. De uma perspectiva de desapego, "um observador observando o pensamento" criará a impressão de que um observador está permitindo que pensamentos surjam e sumam enquanto ele mesmo é inafetado. Isso é uma ilusão; é o 'apego' se disfarçando como 'desapego'. Quando nós percebemos que não há plano de fundo desde o início, a realidade se apresenta como um completo desapego. Com a prática, a 'intenção' diminui com o amadurecimento do insight e o 'fazer' será experimentado gradualmente como acontecimento meramente espontâneo como se o universo estivesse fazendo o trabalho. Com alguns indicadores de 'originação dependente', então nós podemos penetrar mais além para ver esse acontecer como pura expressão de tudo interagindo com tudo vindo a ser. De fato, se nós não reificarmos 'universo', é apenas isto -- uma expressão de surgimento interdependente que está bem onde e quando estiver.

Entendendo isso, a prática é simplesmente se abrir para o que quer que seja.

Pois este mero acontecimento está bem onde e quando estiver.

Embora nenhum lugar possa ser chamado de lar, todo lugar é o lar.

Quando a experiência amadurece na prática da grande calma,

A experiência é Maha! Grande, milagrosa e feliz.

Nas atividades mundanas de ver, comer e provar,

Quando expressadas poeticamente é como se todo o universo meditasse.

O que quer que seja dito e expresso são todo na verdade, sabores diferentes,

Deste tudo de tudo dependentemente originado,

Como este momento de brilho vívido." - John Tan, 2009

...

"Se formos inspirar e expirar... até que simplesmente haja apenas toda essa sensação de respirar, apenas respire como se todas as causas e condições viessem a esse momento de manifestação.

Se focássemos na sensação de pisar, a sensação de dureza, apenas a sensação de dureza, até que haja simplesmente toda essa sensação 'dureza' como todas as causas e condições vindo a esse momento de manifestação.

Se focássemos no ouvir alguém tocando um sino, a vareta, o sino, a vibração do ar, os ouvidos tudo se unindo para que essa sensação de som surja, nós teremos uma experiência de Maha.

Contudo desde a incorporação do ensinamento de originação dependente em presença não-dual, ao passar dos anos ele se tornou mais 'acessível' mas nunca foi entendido como um estado basal. Parece haver uma relação previsível entre ver o surgimento interdependente e o vazio na experiência de presença não-dual.

Uma semana atrás, a experiência clara de Maha amanheceu e se tornou bem sem esforço e ao mesmo tempo há a realização direta de que também é um estado natural. Em Sunyata, Maha é natural e precisa se tornar totalmente um fator no caminho de experimentar o que quer que surja.

Não obstante, Maha como estado fundamental requer o amadurecimento da experiência não-dual; não podemos sentir inteiramente como a interconexão de tudo que vem espontaneamente à existência como este momento de manifestação vívida com uma mente dividida." - John Tan, 2009

...

[http://www.awakeningtoreality.com/2020/06/a-discussion-about-ignorance-views-post.html]

A tendência de ser não-conceitual está muito arraigada não apenas depois de anatta, mas mesmo depois de EU SOU. É uma realização não conceitual e não-dual e também um gosto de luminosidade que é maravilhoso e feliz, mas não necessariamente libertador. Mas o que acontece depois de EU SOU? O indivíduo sempre tenta permanecer não conceitual, sem pensamento, samadhi em puramente ser... enquanto as visões de dualidade e inerência de um Eu último, Fonte, Substratum continua sem ser investigado e desafiado. Insight em não dualidade e anatta não surge até que o indivíduo se engaje ativamente em investigar as suas visões e conceitos e penetre além na natureza da realidade.

Da mesma forma, mesmo depois de anatta, por ficar preso com PCE o indivíduo não investiga a originação dependente e o vazio, então todas as visões não investigadas de inerência ainda continuam com força total mas são ou não reconhecidas ou consideradas verdadeiras (como AF) ou meramente suprimidas em um estado não conceitual.

Eu costumava pensar no porquê da necessidade de engajar em condicionalidade conceitual etc.. eu preferiria repousar em anatta e não-conceitualidade. Hoje em dia eu sei que a manifestação total é desencadeada pela contemplação das relações condicionais conceituais, mas isso não é um problema para mim. O mais importante é enxergar a origem dependente e então a manifestação total e vazio. Então o indivíduo é liberado seja conceitualmente ou não-conceitualmente. É mais importante experimentar a liberação e o gosto da manifestação total e vazio, seja ela em conceitualidade ou não conceitual, em vez de ficar confuso no conceitual e então buscar refúgio no não conceitual.

Contudo, Eu acredito que a manifestação total também possa permanecer como uma mera experiência não conceitual, no sentido de mera infinitude, gosto de maha... esse é o tipo AF de manifestação total mas isso falha em enxergar as dependências envolvidas... e porque o indivíduo não vê as dependências ele acaba em uma visão muito fisicamente sólida do universo, tudo é local, existindo inerentemente em um espaço-tempo específico como objetos e propriedades

10 de Junho, 2020:

John Tan: A Manifestação Total não pode ser meramente não-conceitual

Soh Wei Yu: Então o tipo AF de manifestação total é conceitual?

Soh Wei Yu: eles não parecem contemplar O.D

Soh Wei Yu: eles apenas descrevem como a dissolução do eu/Eu ao ponto de experimentar permanentemente a infinitude do universo

John Tan: É conceitual mas a experiência é imensa

John Tan: O que dá origem a isso?

Soh Wei Yu: para mim, originação dependente... para AF eu não sei lol, mais como auto imolação e enxergar a não separação de si mesmos com o universo infinito

John Tan: manifestação total também não está restrita ao tempo

Soh Wei Yu: vineeto descreveu a sua manifestação total em três estágios, primeiro ela teve vislumbres de espaço infinito, então ela teve experiência permanente de espaço infinito, e então finalmente ela teve experiência permanente de tempo infinito

Soh Wei Yu: para mim, contemplar a relação dos eventos passando também pode desencadear manifestação total de três tempo... exercendo totalmente neste pensamento ou atividade

John Tan: Hale descreveu sobre manifestação total antes... sua experiência além do tempo e espaço se ligando a séculos atrás como guru yoga... como eu te disse antes

Soh Wei Yu: eu também tive vislumbres disso

John Tan: Yeah

Soh Wei Yu: Em 10 de Junho de 2019 vineeto criticou aqueles que alcançaram AF 'basicamente livre' e incapazes de avançar para AF 'totalmente livre'... ao afirmar que eles são condicionado socialmente com várias crenças e condicionamentos, incluindo, crença em 'Reencarnação em vez de experimentar que a própria substância que somos feitos é tão antiga quanto o próprio universo'

Soh Wei Yu: lol

Soh Wei Yu: http://actualfreedom.com.au/.../actualvineeto/alan.htm...

Soh Wei Yu: mas eu não vejo nenhum problema com manifestação total e renascimento

...

Lá em 2015, John Tan disse, "John Tan Sexta-feira, 20 de Março, 2015 às 10:24 am UTC+8

A forma como você descreve tem muita ênfase exagerada, há uma falta de intensidade mas expressada como se você tivesse realizado e experimentado a intensidade destes insights e experiências...lol. Você tem que reverter o ciclo das experiências e estabilizar ambos os insights e experiências. Até mesmo em AF (ensinamentos da Liberdade de Fato), há tal intensidade. Quando os praticantes expressam algo como o universo está lavando os pratos, eles estão tendo estas experiências... não é só pra soar bem. Em um processo simples de respiração, o indivíduo também se submete a um processo de desconstrução para depois terminar em maha e manifestação total. Como na experiência, você diz que você se torna apenas o respirar e o universo está inalando... conceitualmente você compreender depois de anatta mas a intensidade não está lá.

Por exemplo, eu lhe digo para respirar lenta e profundamente para focar em colocar a intenção do dantian inferior para o peito e para a ponta do dedo. Apenas esse processo, como você entra em anatta e em um estado de manifestação total? Quer dizer, um estado de não-mente e em manifestação total. Você diz que você pode respirar lenta e profundamente, mas eu posso dizer que apenas isso é suficiente para você aprender por algum tempo. Para entender completamente toda a mecânica, toda a OD em um ato perfeito da postura --todo o movimento de respirar na ponta dos dedos.

Nas práticas energéticas você vai pelo "sentimento" e "gosto", totalmente engajado e envolvido nela sem pensamentos discursivos, todo o movimento sendo aprendido por si mesmo de momento a momento. Mas se você analisar, você verá o processo de desconstrução - o peito, o movimento do ar, o estômago, o cóccix, o tensionar dos músculos do seu abdômen, a retenção do seu fôlego no seu pulmão... como você pode desconstruir estes na atividade separada de respirar na ponta do seu dedo. Se você passar pelo processo de desconstrução, você também poderá chegar até o gosto direto de maha e manifestação total, mas ele envolve a mente conceitual até que todos esses eventos diferentes e atividades relacionadas estejam desconstruídos em um fluxo perfeito. Embora envolva a mente conceitual, o seu intelecto está claro e sabe exatamente onde os obstáculos estão... porque a respiração não pode fluir suavemente...

Então quando eu perguntei se você consegue respirar lenta e profundamente nessas posturas simples... você me disse que achava que sim... Imediatamente eu sei que ainda há um longo caminho para você percorrer... lol"

...

"Você precisa respirar até que os seus órgãos internos sejam ativados... até que você possa sentir o fluxo da energia vital... a intensidade das sensações vibratórias por tudo... então a consciência irá expandir e junto dos seus insights de anatta e vazio, a sua experiência e insight serão poderosos e profundos. Nauli Kriya não é apenas uma técnica muito poderosa de limpeza, é também crucial quando você puder integrá-la com controle da respiração." - John Tan, 2016

...

"As práticas energéticas precisam começar a partir da base umbilical... Você saberá o porquê da próxima vez...agora você ainda não tem a experiência de como a energia se move...como é a energia em cada portão e o que ela realmente é...lol. Você não pode focar apenas na sobrancelha e coroa, não é adequado para a maioria.

Na próxima vez quando você estiver de volta então ensino em detalhes. O que eu quero que você pratique não é apenas chakra, você tem que experienciar o qi, energia vital...como se em total vitalidade e vividez... quando eu digo para você ficar em pé sobre uma perna e esticar a outra perna na horizontal em relação ao chão e colocar o seu Ipad no seu colo e assistir o vídeo, você precisa ser capaz de fazê-lo...lol

Eu quero que você conheça a sua relação corporal, qi e mente ... você tem medo por exemplo... Você se concentra e pensa e pensa que o medo ainda pode estar lá... mas quando você respirar, espalhe os seus dedos e sinta as sensações você diretamente experimentará destemor... nenhum medo e ele não pode entrar ...mesmo se você pensar...y ... A relação de mente, corpo e qi.

Quando eu te convido a pensar no ar se movendo no fim do dedão...não é tão bom quanto ponta do dedo, respire segure o fôlego por alguns segundos e exale e tenha a sua intenção focada nos poucos pontos de energia dos seu 丹田,会阴 e 永泉. Como quando eu faço espacate, eu não estou apenas fazendo o alongamento ou apenas respirando profundamente, mas eu quero que o ar se mova para esses pontos específicos... então eu tenho a minha intenção, força e ar no umbigo, nádega, e ambos os dedões....

Então o seu umbigo, perna e dedões precisam ter controle e ter energia... então a sua presença pode ser poderosa e forte especialmente quando você for capaz de se mover, encha e sinta o ar nas várias partes do corpo.

Os Chakras dependem de qual é a sua prática."

"Mas a intensidade está diretamente relacionada a práticas energéticas...lol. O insight de Anatta quebrará as construções reificadas e fronteiras artificiais. De energias amarradas a construtos mentais serão liberados.

Você precisa fazer até que você goste de respirar a partir do seu abdome primeiro e isso se torne bem natural... levará cerca de meio a um ano. Então depois prossiga para as posturas."

"Atualmente a sua presença não é toda radiante porque há bloqueios corporais e energéticos. Mas quando você for capaz de abrir o seu meridiano em seu corpo todo com asanas e controle da respiração da ponta dos dedos até os dedões... O seu corpo não será nenhuma obstrução... o seu Shen na sua sobrancelha estará brilhante e radiante... quer dizer as vezes os seus pensamentos são turvos e a mente perde o foco mas quando todos estes estão abertos, você é como uma esfera de energia (literalmente... lol), a presença irradia além do corpo... mas ainda é EU SOU... depois todas energias irão se distribuir naturalmente para todas as partes e os sentidos se tornam afiados e o corpo inteiro é como um farol. Efetivamente todas as sensações e o corpo inteiro são cheios de energia vital e vividez, os sentidos estão claros mas não importa o quanto o indivíduo tente, ele encontrará dificuldade de superar o corpo e "conectar" com o universo por causa da "perspectiva". Em outras palavras, não são mais os bloqueios de energia corporal mas os "construtos" que são o próximo passo em direção ao rompimento das fronteiras de mente-corpo-universo -- a mente-corpo é abandonada, anatta e manifestação total é a próxima fase." – John Tan

...

"Em Maha, o indivíduo não sente o eu, o indivíduo 'sente' o universo; o indivíduo não sente 'Brahman' mas sente 'interconectividade'; o indivíduo não sente 'desamparo' devido a 'dependência e interconexão' mas sente grandeza sem fronteiras, espontâneo e maravilhoso." - John Tan, 2009

"Dizer que o universo está envolvido nesta ação como uma entidade diferenciada não é exatamente correto. A causa não é igual nem diferente do efeito, como sol e raios. E em termos de gosto iogue, é mais preciso descrever em termos de "o universo é a ação."

Quando você respira, é o ar no ambiente, o nariz, ou os pulmões e diafragma que está respirando? O universo está respirando

...

Sim... Não há "exterior" para a infinitude de manifestação total" - Soh, 2019

Artigos Relacionados (também é recomendado ler a seção do Estágio 6 no Guia ATR):

Manifestação Total:

http://www.awakeningtoreality.com/2013/09/dharma-body_7.html

http://www.awakeningtoreality.com/2017/12/what-is-total-exertion.html

http://www.awakeningtoreality.com/2020/06/the-total-exertion-of-success.html

http://www.awakeningtoreality.com/2020/06/purpose-of-deconstruction-and-dependent.html

[http://www.awakeningtoreality.com/2020/06/different-phases-of-understanding.html]

http://www.awakeningtoreality.com/2014/12/two-way-dependencydependent-designation.html

[http://www.awakeningtoreality.com/2020/06/total-exertion-and-practices.html]

http://www.awakeningtoreality.com/2018/12/total-exertion-omniscience-magical.html

http://www.awakeningtoreality.com/2018/12/being-time-by-shinshu-roberts.html

[http://www.awakeningtoreality.com/2019/08/the-world-of-interrelatedness.html]

[http://www.awakeningtoreality.com/search/label/Ted%20Biringer]

[http://www.awakeningtoreality.com/2022/01/ahalmaas.html]

Não-surgimento:

1) [http://www.awakeningtoreality.com/search/label/Non-Arising]

2) [http://www.awakeningtoreality.com/search/label/Dependent%20Designation]

3) [http://www.awakeningtoreality.com/2015/01/four-levels-of-insight-into-emptiness_9.html]

4) [http://www.awakeningtoreality.com/2018/07/the-key-towards-pure-knowingness.html]

5) [http://www.awakeningtoreality.com/2020/06/non-arising-due-to-dependent-origination.html]

6) [http://www.awakeningtoreality.com/2020/12/post-anatta-pointers.html]

7) [http://www.awakeningtoreality.com/2018/03/wrote-this-yesterday-and-have-since.html]

8) [http://www.awakeningtoreality.com/2017/11/emptiness-and-causal-efficacies.html]

9) [http://www.awakeningtoreality.com/2015/01/designation-made-alive_6.html]

10) [http://www.awakeningtoreality.com/2009/02/nondual-emptiness-teachings.html]

11) [http://www.awakeningtoreality.com/2014/07/a-and-emptiness_1.html]

12) [http://www.awakeningtoreality.com/2019/11/the-two-truths-of-buddhism-and.html]

13) [http://www.awakeningtoreality.com/p/a-conversation-with-john-tan-some-time.html]

14) [http://www.awakeningtoreality.com/2021/04/the-only-way-to-ultimate-truth.html]

15) [http://www.awakeningtoreality.com/2022/06/emptiness-non-arising.html]

16) [http://www.awakeningtoreality.com/2021/05/kyle-dixon-on-dependent-origination-and.html]

17) [http://www.awakeningtoreality.com/2014/08/dependent-arising-and-emptiness-of_9.html]

18) [http://www.awakeningtoreality.com/2018/12/all-things-are-conceptual-designations.html]

19) [http://www.awakeningtoreality.com/2021/10/equipoise-and-post-equipoise.html]

20) [https://luminousemptiness.blogspot.com/2008/11/niguma-vajra-verses-of-self-liberating.html]

21) [https://plato.stanford.edu/entries/twotruths-india/]

22) [https://plato.stanford.edu/entries/twotruths-tibet/]

23) [https://plato.stanford.edu/entries/gorampa/]

24) [https://studybuddhism.com/en/advanced-studies/lam-rim/emptiness-advanced/imputation-mental-labeling-and-designation]

25) JamgonMipam: His Life and Teachings by Douglas Duckworth and Beacon of Certainty trans. John W. Pettit (must read books)

(Comentários por Soh: Também leia estes, eles são importantes:

[http://www.awakeningtoreality.com/2020/06/primordially-unborn.html](

http://www.awakeningtoreality.com/2020/06/non-arising-due-to-dependent-origination.html)

Amostra de lista de livros relacionada a Manifestação total

Visão Soto Zen (ordenada com base na dificuldade subjetiva, nada exaustivo):

1) Realizing Genjokoan by Shohaku Okumura (boa introdução para manifestação total se alguém tiver realizado anatta))

2) Each Moment Is the Universe by DaininKatagiri

3) The Light That Shines Through Infinity by DaininKatagiri

4) The Mountains and Rivers Sutra by Shohaku Okumura

5) EiheiDogen: Mystical Realist by Hee-Jin Kim

6) Readings of Dōgen's "Treasury of the True Dharma Eye" by Steve Heine

7) The Flatbed Sutra of Louie Wing by Ted Biringer

8) Zen Cosmology by Ted Biringer

9) Being-Time by Shinshu Roberts

10) Shobogenzo and EiheiKoroku

Perspectiva Huayan:

1) Hua-Yen Buddhism: The Jewel Net of Indra by Francis Cook

2) Buddhist Teaching of Totality – The Philosophy of Hua-yen Buddhism by Garma C. C. Chang

3) Entry into the Inconceivable – An Introduction to Hua-yen Buddhism by Thomas Cleary

4) Avatamsaka Sutra

Tiantai:Emptiness and Omnipresence: An Essential Introduction to Tiantai Buddhism by Brook Ziporyn

Madhyamaka booklist (nada exaustivo):

Mipham:

1) JamgonMipam: His Life and Teachings by Douglas Duckworth

2) Beacon of Certainty commentary by Anyen Rinpoche - [https://www.amazon.com/Journey-Certainty-Quintessence-Dzogchen-Exploration/dp/1614290091/]

3) Beacon of Certainty trans. John W. Pettit (must read book) - [https://www.amazon.com/Miphams-Beacon-Certainty-Illuminating-Perfection/dp/0861711572]

4) Mipam on Buddha-Nature: The Ground of the Nyingma Tradition by Douglas Duckworth

5) Mipham’s Sword of Wisdom by KhenchenPaldenSherab Rinpoche – [https://www.amazon.com/Miphams-Wisdom-Khenchen-Palden-Sherab/dp/1614294283]

Gelug:

1) How to See Yourself As You Really Are – His Holiness the Dalai Lama

2) Introduction to Emptiness: As Taught in Tsong-Kha-Pa's Great Treatise on the Stages of the Path by Guy Newland

3) Steps on the Path to Enlightenment: A Commentary on Tsongkhapa's Lamrim Chenmo. Volume 5: Insight by GesheLhundubSopa - [https://www.amazon.com/Steps-Path-Enlightenment-Commentary-Tsongkhapas/dp/1614293236/]

4) Meditations on Emptiness by Jeffrey Hopkins

5) Tsongkhapa's Praise for Dependent Relativity by Losang Gyatso

6) Berzin Archive: [https://studybuddhism.com/en/advanced-studies/lam-rim#emptiness-advanced]

Kagyu:

The Center of the Sunlit Sky: Madhyamaka in the Kagyu Tradition by Karl Brunnholzl

Gorampa:

1) Freedom from Extremes: Gorampa's "Distinguishing the Views" and the Polemics of Emptiness by Jose Ignacio Cabezon and GesheLobsang

2) The Two Truths Debate: Tsongkhapa and Gorampa on the Middle Way by Sonam Thakchoe

3) [https://plato.stanford.edu/entries/gorampa/](

4) Constance Kassor PhD thesis on Gorampa: [https://etd.library.emory.edu/concern/etds/5712m675f]

Root Texts:

MMK by Nagarjuna: numerosos comentários estão disponíveis, melhor explorar todos eles

Madhyamakavatara by Chandrakirti (Mipham and Tsongkhapa comentário)

Madhyamakālaṃkāra by Santaraksita (Mipham comentário)

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